A decisão do Campo Majoritário do PT de trabalhar pela anistia do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu foi criticada por parlamentares de vários partidos - inclusive do próprio PT. Para o senador petista Eduardo Suplicy (SP), a idéia não se sustenta enquanto houver dúvidas quanto à participação de Dirceu no mensalão.
- Antes da anistia, tudo tem que ser, ainda, objeto muito maior daquilo que aconteceu e que até agora não foi inteiramente explicitado -, alegou o senador.
Suplicy lembrou ter defendido, no decorrer da CPI dos Correios, que José Dirceu comparecesse ao Congresso para se defender - proposta que o ex-ministro rejeitou. Suplicy filiou-se ao Campo Majoritário em maio de 2005, a convite do então tesoureiro Delúbio Soares. Meses mais tarde, o próprio Delúbio pediu sua saída, depois de ele ter assinado o requerimento para criação da CPI dos Correios.
Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (SP), a anistia "seria um tapa na face do povo brasileiro".
Jà Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara, acredita que "deu a louca no PT". Na avaliação de Rodrigo, o assunto poderá tumultuar a agenda de votações do Congresso, trazendo para a pauta um assunto que não é de interesse de nenhum partido, apenas dos integrantes do Campo Majoritário do PT.
- E não faz sentido que esse pedido de anistia se torne prioridade para a Câmara. Temos assuntos muito mais importantes para discutir no Congresso -, disse.
Arthur Virgílio apontou o favorecimento a Dirceu como um dos pontos que levaram ele e outros tucanos a rejeitarem o nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara.
Possível anistia de Dirceu é critica por parlamentares
Arquivado em:
Segunda, 05 de Fevereiro de 2007 às 16:13, por: CdB