"O contexto político e social no qual se realizará a operação de segurança é composto por, entre outras adversidades, opositores radicalizados e acesso a armas de letalidade ampliada decorrente das mudanças legais realizadas em 2019", diz um trecho do documento ao qual a reportagem do Correio do Brasil teve acesso.
Por Redação - de Brasília
A equipe da Polícia Federal (PF) responsável pela segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou nesta terça-feira, às superintendências regionais da autarquia um pedido de apoio contra "adversidades" enfrentadas na tentativa de garantir a segurança do candidato petista, líder nas pesquisas eleitorais. O ofício foi enviado aos Estados por onde Lula passou nos últimos dias.
PF pede reforço na tentativa de melhorar a segurança do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
"O contexto político e social no qual se realizará a operação de segurança é composto por, entre outras adversidades, opositores radicalizados e acesso a armas de letalidade ampliada decorrente das mudanças legais realizadas em 2019", diz um trecho do documento ao qual a reportagem do Correio do Brasil teve acesso. A norma citada pelos policiais federais é aquela editada por Jair Bolsonaro (PL), que facilita o acesso amplo a armamentos pesados.
Tensão
Os delegados federais acrescentam ainda, no ofício, o aumento das "ameaças de morte ao candidato e representantes dos partidos, bem como a perpetração de atos de intimidação e violência, identificados antes do início da campanha, como o atentado ao ônibus da caravana ao ex-presidente Lula, alvejado em maio de 2018 na cidade de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul/PR”.
O ambiente de tensão crescente tem tido repercussão também nas redes sociais, onde proliferam as ameaças de morte ao líder popular. A campanha petista, por sua vez, aumentou o efetivo de segurança privada e de inteligência, para detectar riscos imediatos à integridade física do ex-presidente.