Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Polícia Federal investiga fraude em licitações com recursos do SUS

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Quinta, 07 de Outubro de 2021 às 10:09, por: CdB

A ação desta quinta-feira é um desdobramento da operação Terça Parte, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2021, ocasião em que 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos para investigar possível cometimento dos crimes de “rachadinha”, na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) e compra de votos.

Por Redação, com ACS - de Brasília

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Ômega. O objetivo é apurar possível existência de associação criminosa voltada ao cometimento dos delitos de corrupção ativa e passiva, dispensa indevida de licitação, advocacia administrativa e associação criminosa. O grupo teria participação de um político, um servidor da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (SESA), além de um empresário.
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Investigação visa desarticular grupo que direcionava vencedor de licitação em contratos para aquisição de medicamentos
Cerca de 45 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Macapá/AP e Santana/AP, em residências e empresa ligadas aos investigados. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região – (TRF-I) tendo em vista que dois investigados possuem prerrogativa de foro, e os possíveis crimes foram cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. A ação desta quinta-feira é um desdobramento da operação Terça Parte, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2021, ocasião em que 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos para investigar possível cometimento dos crimes de “rachadinha”, na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) e compra de votos. Documentos apreendidos na Operação Terça Parte trouxeram indícios de que um político se valia de sua influência junto a um servidor da SESA/AP para favorecer determinada empresa de prestação de serviço hospitalar e garantir contratações junto à Secretaria, a partir de dispensa de licitação, envolvendo recursos públicos do SUS (incluindo verbas destinadas ao combate da COVID-19). Em troca, eram oferecidas vantagens indevidas aos agentes públicos na forma de pagamentos e negociação de cargos públicos. A investigação apontou indícios de que a negociação de cargos públicos em hospitais, com a indicação de aliados, ignorava critérios técnicos e interferia indevidamente na gestão das repartições hospitalares.

A investigação

A investigação da PF ainda verificou que as contratações da SESA junto à empresa investigada, entre os anos de 2019 e 2021, totalizaram mais de R$ 15,7 milhões, sendo a maioria na modalidade de dispensa de licitação. Destes, cerca de R$ 1 milhão, em dois contratos assinados no ano de 2020, era de recursos exclusivos destinados ao combate da covid-19. Os envolvidos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, dispensa indevida de licitação, advocacia administrativa e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 27 anos de reclusão.
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