Operação da Polícia Civil do Rio, com apoio de agentes paulistas, cumpre mandados em Mogi das Cruzes, Sorocaba e Guarulhos para desarticular quadrilha que abastecia facções com armas e drogas.
Por Redação, com Agenda do Poder – de São Paulo, Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta segunda-feira, uma operação de grande porte para desarticular um grupo criminoso acusado de fornecer armas e drogas para facções cariocas, em especial para a comunidade da Serrinha, na Zona Norte. A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e contou com apoio das forças policiais de São Paulo.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três cidades paulistas: Mogi das Cruzes, Sorocaba e Guarulhos. Os endereços alvo da operação foram mapeados ao longo de meses de investigação e apresentavam indícios de servir como depósitos de armas, drogas, além de funcionarem como sedes empresariais de fachada e pontos de cultivo clandestino.
Origem das investigações
As apurações começaram em agosto do ano passado, quando quatro fuzis foram apreendidos na Rodovia Presidente Dutra. A partir desse flagrante, investigadores identificaram conexões da quadrilha com parceiros em diferentes cidades do estado de São Paulo. A Justiça autorizou a quebra de sigilo de dispositivos eletrônicos, permitindo avançar sobre a estrutura financeira e operacional dos criminosos.
Resposta do governo
O governador Cláudio Castro destacou que a integração entre forças de segurança estaduais é fundamental para reduzir a capacidade de atuação das facções:
– A integração com as forças policiais de outros estados é essencial para enfraquecer financeiramente esses grupos criminosos e acabar com o comércio ilegal de armas e drogas. Estamos dando uma resposta à altura e não vamos permitir que narcotraficantes continuem ameaçando os cidadãos de bem do nosso estado – declarou.
Alvos estratégicos
Segundo a Polícia Civil, os imóveis investigados não apenas funcionavam como centros de logística do tráfico, mas também mascaravam atividades ilícitas por meio de empresas de fachada. A ofensiva mira diretamente na base de sustentação econômica das facções, que dependem desse fluxo de armas e drogas para manter seu poder nos territórios do Rio.
As autoridades acreditam que a operação representa um passo decisivo para enfraquecer a cadeia de fornecimento das facções cariocas, especialmente no contexto da Serrinha, uma das áreas de maior influência do crime organizado no Estado.