O ministro do STF, Alexandre de Moraes, pediu um posicionamento à Procuradoria-geral da República (PGR) sobre o assunto, mas ainda não houve resposta. Inicialmente, no entanto, o PL não planejava priorizar a comissão, mas mudou de estratégia.
Por Redação – de Brasília
O Partido Liberal (PL) tem como objetivo colocar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) na presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, na tentativa de atrapalhar acordos do Brasil com a China, um tema sensível para o governo de Lula. Sob acirrada oposição do PT e demais partidos de esquerda, o ’03’, como é conhecido o filho do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), tem os votos garantidos apenas nas legendas de ultradireita.

O PL, no entanto, parece ter assumido a missão de colocar Eduardo Bolsonaro na Presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara depois que o Partido dos Trabalhadores (PT) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a apreensão do passaporte do deputado e a abertura de uma investigação por suposto atentado à soberania nacional.
Estratégia
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, pediu um posicionamento à Procuradoria-geral da República (PGR) sobre o assunto, mas ainda não houve resposta. Inicialmente, no entanto, o PL não planejava priorizar a comissão, mas mudou de estratégia.
O partido do clã Bolsonaro pretende usar a comissão como palanque para fazer a manutenção de suas bases e criticar Alexandre de Moraes, o STF e o governo de Lula. O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que a possível apreensão do passaporte de seu filho visa impedi-lo de assumir a comissão que analisará acordos entre o Brasil e a China assinados na cúpula do G20.
Segundo fontes do partido que falaram à apuração, esses acordos são do interesse do governo Lula e, por isso, ter Eduardo Bolsonaro à frente da comissão poria em risco a agenda do governo, dando munição para a oposição.