Rio de Janeiro, 10 de Setembro de 2025

PIB do trimestre fica perto de zero, a despeito de previsões

Arquivado em:
Sexta, 01 de Dezembro de 2017 às 14:27, por: CdB

O resultado trimestral do PIB veio abaixo do esperado por analistas. Eles apontavam que a economia cresceria 0,3% entre julho e setembro na comparação com o trimestre anterior.

 

Por Redação - do Rio de Janeiro

 

As promessas da equipe econômica de um crescimento maior no terceiro trimestre deste ano foram por terra. Ao contrário dos números previstos no Ministério da Fazenda, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou na casa do zero. Cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); divulgados nesta sexta-feira. Sobre o terceiro trimestre de 2016, o PIB avançou 1,4%.

henrique-meirelles.jpg
Meirelles disse que os números não dizem exatamente o que querem dizer sobre o PIB

O resultado trimestral do PIB veio abaixo do esperado por analistas ouvidos em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters. Eles apontavam que a economia cresceria 0,3% entre julho e setembro na comparação com o trimestre anterior. No entanto, o IBGE revisou para cima o desempenho do segundo trimestre na margem para mostrar crescimento de 0,7%, sobre avanço de 0,2% informado antes. A pesquisa da Reuters mostrou ainda que, pela mediana das projeções, a expectativa era de que PIB cresceria 1,3% sobre o terceiro trimestre de 2016.

O resultado mostra que a economia brasileira ficou praticamente estagnada no terceiro trimestre. Os investimentos, porém, indicam um desempenho melhor desempenho do que há quatro anos; no período inicial da crise econômica que se agravou ao longo dos últimos dois anos. O dado, segundo analistas, indica uma leve retomada da atividade; depois do mais longo período de recessão enfrentado pelo país.

Juros básicos

Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimentos, mostrou expansão de 1,6% no terceiro trimestre, na margem, melhor resultado desde o segundo trimestre de 2013 (+3,2%).

Os investimentos haviam secado conforme a economia brasileira entrou em recessão, a mais profunda em um século. Com endividamento e capacidade ociosa elevados, os agentes econômicos evitavam desembolsos produtivos.

Com os juros básicos caminhando para mínimas históricas, empresas têm tido mais facilidade para quitar dívidas e financiar planos de expansão. As concessões de infraestrutura também devem ter começado a dar frutos no terceiro trimestre.

Números sazonais

O IBGE mostrou ainda que o consumo das famílias cresceu 1,2% no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores, enquanto que o do governo recuou 0,2%. Na mesma comparação, o setor agropecuário recuou 3%, mas a indústria e serviços cresceram 0,8 e 0,6%, respectivamente.

Para o chefe da equipe econômica, Henrique Meirelles, os números não são exatamente o que parecem ser. O avanço de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre “pode parecer baixo”, disse Meirelles, “mas é forte se analisado por setores”.

Em sua conta no Twitter, Meirelles destacou que sem a agricultura, que caiu por razões sazonais, o crescimento foi de 1,1%. “O avanço acumulado no ano até setembro é de 0,6%; número que já supera a previsão inicial dos economistas para 2017. Isto mostra que o Brasil segue uma trajetória de crescimento”, imagina.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo