As investigações constataram que, no início de 2016, vários diretores de escolas firmaram um termo em que atestavam o recebimento dos alimentos
Por Redação, com ABr - de Brasília:
A Operação Senhores da Fome, para investigar o desvio de recursos destinados à merenda escolar no Amapá, foi deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal (PF). Os policiais estiveram desde as primeiras horas da manhã cumprindo quatro mandados de prisão temporária, sete de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão, todos em Macapá.
– A operação investiga a atuação de empresários, diretores de escolas e servidores da Secretaria de Educação do Estado do Amapá no desvio de aproximadamente R$ 2 milhões; destinados à merenda escolar de vários municípios do Estado. Com o desvio, pelo menos 52 escolas da capital amapaense ficaram sem os alimentos da agricultura familiar – diz a nota da PF.
As investigações
As investigações constataram que, no início de 2016; vários diretores de escolas firmaram um termo em que atestavam o recebimento dos alimentos. Mas sem que isso ocorresse. Segundo a PF, algumas dessas entregas de alimentos teriam sido realizadas no período de férias escolares; quando não há alunos nas escolas.
Cerca de 100 policiais federais participaram da operação. Conforme a conclusão das investigações; o suspeitos poderão responder, de acordo com a conclusão das investigações; pelos crimes de peculato, associação criminosa e falsidade ideológica.
Fraudes contra o Banco do Brasil
Agentes da Polícia Federal cumpriram nesta manhã 39 mandados de busca e apreensão em cinco Estados como parte da segunda fase da Operação Turbocred; que investiga o desvio de recursos de financiamentos agrícolas concedidos pelo Banco do Brasil entre 2012 e 2015. Os alvos foram residências e escritórios de funcionários e ex-funcionários do BB e de pessoas e empresas que levantaram empréstimos fraudulentos no banco.
A operação foi centralizada em Ribeirão Preto (SP) e as ações ocorreram em cidades de São Paulo; Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás. Na primeira fase da Turbocred; concluída em maio de 2016, foram investigadas 149 operações de financiamento agrícola realizadas em várias agências do Banco do Brasil; e a conclusão foi a de que 90% delas foram fraudadas.
De acordo com a PF, entre as irregularidades cometidas estão a tomada de empréstimos; para bancar atividade agrícola em imóvel próprio, mas usado em propriedade arrendada; falsificação de documentos para obtenção de crédito destinado a atividade agrícola inexistente; e levantamento de recursos para financiamento de múltiplos empreendimentos agrícolas sem capacidade financeira. Além disso, as investigações indicam a participação de funcionários do BB em operações de empréstimo feitas a partir de contas bancárias em nome de laranjas.
As investigações da Turbocred começaram em março de 2016 a partir da descoberta de irregularidades praticadas por agências do BB na região de Ribeirão Preto. Inicialmente, foram analisadas concessões de créditos para atividades em fazendas que estavam sendo desviados para usinas de açúcar e álcool.
Segundo a Polícia Federal, os suspeitos podem ser enquadrados nos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa, cujas penas variam de 2 a 12 anos de prisão.