Segundo a Polícia Federal, as prefeituras envolvidas contratavam empresas relacionadas ao grupo familiar para fraudar licitações, simulando a competição
Por Redação, com ABr - de Brasília:
A Polícia Federal faz uma operação de combate a fraudes em licitações nas cidades de Eunápolis, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, no sul da Bahia. As investigações apontam que, com a ajuda de parentes, os prefeitos Claudia Oliveira, de Porto Seguro, José Robério Batista de Oliveira, de Eunápolis, e Agnelo Santos, de Santa Cruz Cabrália, todos do PSD, teriam fraudado contratos que somam R$ 200 milhões.
Segundo a Polícia Federal, as prefeituras envolvidas contratavam empresas relacionadas ao grupo familiar para fraudar licitações; simulando a competição entre elas. A PF apelidou o esquema de “ciranda da propina”; isso porque as empresas dos parentes revezavam as vitórias das licitações para camuflar o esquema e; em muitos casos; chegavam a repassar o total do valor contratado, na mesma data do recebimento, a outras empresas da família.
Crime
Após a contratação, parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado, em nomes de terceiros; para dificultar a identificação do destinatário final dos valores arrecadados; que, em regra, retornavam para membros da organização criminosa. Essas mesmas empresas também eram utilizadas para lavagem do dinheiro ilicitamente desviado.
Os policiais cumpriram 21 mandados de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 42 de busca e apreensão, nos Estados da Bahia, de São Paulo e Minas Gerais. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa; fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais.
Tocantins
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira a Operação Marcapasso; para investigar um esquema de corrupção que fraudava licitações na compra de equipamentos para procedimentos médicos; na área de órteses e próteses e de aquisição de materiais especiais, no Estado do Tocantins.
De acordo com a PF, a investigação começou quando os sócios da empresa Cardiomed Comércio e Representação de Produtos Médicos e Hospitalares foram presos em flagrante; por terem fornecido a Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins produtos medicinais com prazos de validade de esterilizacão vencidos.
– No decorrer das investigações, veio a tona um vasto esquema de corrupção destinado a fraudar licitaçõess no Estado do Tocantins mediante o direcionamento de processos licitatórios. O esquema engendrado possibilitava o fornecimento de vantagens ilícitas a empresas; médicos e empresários do ramo, bem como a funcionários públicos da área de saúde – diz a PF, em nota.
Segundo a PF, o nome da operação é uma referência a um dos itens da área de cardiologia, o marca-passo, equipamento que integrava a lista de alguns dos editais fraudados.