Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

PF deflagra operação contra venda de decisões judiciais em São Paulo

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Quinta, 20 de Junho de 2024 às 11:08, por: CdB

A Operação Churrascada é uma investigação em trâmite no STJ e decorre da Operação Contágio, deflagrada em 2021 pela Polícia Federal em São Paulo, que desarticulou uma organização criminosa responsável pelo desvio de verba pública da área de saúde.

Por Redação, com ACS – de São Paulo

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, a Operação Churrascada, com o objetivo de avançar em investigação que apura indícios de corrupção, através de venda de decisões judiciais, por desembargador da área criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP).

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Mais de 80 policiais federais deram cumprimento a 17 mandados de busca e apreensão em endereços na capital e no interior paulista

Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mais de 80 policiais federais deram cumprimento a 17 mandados de busca e apreensão em endereços na capital e no interior paulista.

A Operação Churrascada é uma investigação em trâmite no STJ e decorre da Operação Contágio, deflagrada em 2021 pela Polícia Federal em São Paulo, que desarticulou uma organização criminosa responsável pelo desvio de verba pública da área de saúde.

O nome da operação remete ao termo “churrasco” utilizado pelos investigados para indicar o dia do plantão judiciário do magistrado.

Venda de medicamentos falsificados

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Counterfeit, com o objetivo de desarticular uma rede criminosa especializada na venda de medicamentos falsificados para órgãos públicos.

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, além de sequestro de bens, nas cidades de Curitiba, PR, Francisco Beltrão, PR, Corumbá, MS, Ladário, MS, Campo Grande, MS, Birigui, SP, São Caetano do Sul, SP, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Jacobina, BA.

A investigação teve início a partir de informações fornecidas pela Polícia Civil do Estado do Paraná, que apontaram que uma empresa vencedora de uma licitação em 2022 para fornecer imunoglobulina ao Hospital Geral de Curitiba estaria envolvida no fornecimento de medicamentos falsificados.

Após a apreensão dos medicamentos, a Polícia Federal confirmou a falsificação completa dos remédios, desde as caixas, falsamente identificadas, até a sua composição, na qual se constatou a ausência de imunoglobulina, como deveria conter.

De acordo com as investigações, os remédios falsificados tinham origem na Bolívia. Dois estrangeiros, um dos quais estudante de medicina, foram identificados como os principais suspeitos pela comercialização dos medicamentos.

As investigações revelaram que o grupo criminoso investigado conseguiu vender aproximadamente R$ 11 milhões em medicamentos falsificados de imunoglobulina para órgãos públicos no estado do Paraná.

Os envolvidos estão sendo investigados por crimes como associação criminosa, fraude à licitação e falsificação de medicamentos.

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