Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Petróleo mantém trajetória de queda no mercado internacional

Arquivado em:
Quarta, 17 de Janeiro de 2007 às 10:47, por: CdB

O preço do petróleo manteve, nesta quarta-feira, a sua trajetória de queda no mercado internacional e a cotação da commodity já recua para o patamar dos US$ 50, ao qual não voltava desde maio de 2005. Às 11h36 (horário de Brasília), o preço do barril do petróleo cru para entrega em fevereiro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 50,50, baixa de 1,39%. Pouco antes o barril havia chegado ao preço de US$ 50,28.

O mais recente golpe dado sobre o ânimo dos investidores no mercado petrolífero foi desferido ontem: o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al Naimi, descartou a necessidade de realizar mais cortes de produção na cota oficial dos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Depois de um corte de 1,2 milhão de barris na produção diária dos países-membros em novembro e às vésperas de implementar mais corte, este de 500 mil barris diários a partir do dia 1º de fevereiro (este decidido em dezembro), Al Naimi disse que a situação do mercado petrolífero mundial está "bastante saudável".

- Não há necessidade agora [para novos cortes] baseado nas condições em que o mercado está - disse o ministro saudita. Com essa declaração, os investidores perderam mais um pouco da confiança na capacidade do cartel em agir para restringir a oferta.

A posição de Al Naimi, no entanto, não é unânime. O ministro do Petróleo da Nigéria, Edmund Daukoru, disse ser preciso esperar até fevereiro antes de decidir se haverá ou não um novo corte na cota de produção. O primeiro corte foi adotado no momento em que o preço da commodity caía dos US$ 78,40 atingidos em julho, para o patamar de US$ 56 a que chegou em outubro. Devido, no entanto, ao aumento de estoques de produtos destilados e gasolina nos EUA e às altas temperaturas no país para esta época do ano (é inverno no hemisfério Norte), o preço continua em queda, mesmo após o anúncio do segundo corte.

Daukoru disse que ainda é cedo para julgar que impacto os cortes na cota de produção já anunciados poderão ter.

- Fevereiro ainda não chegou. Quando implementarmos [os cortes de fevereiro] veremos como os mercado irão reagir - disse.

O ministro saudita disse que o cartel está administrando bem os estoques mundiais de petróleo.

- O mercado está se comportando bem, eu acho (...) Fornecimento, demanda e estoques estão equilibrados - concluiu.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo