O preço do petróleo permaneceu estável, nesta quinta-feira, acima dos US$ 58, no dia marcado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para entrar em vigor o corte de 500 mil barris diários na produção de seus países membros. Além disso, os investidores ainda reagem com cautela à queda de estoques de combustível para calefação doméstica nos EUA na semana passada e à nota do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, divulgada no início da noite desta quarta-feira, após a decisão do banco sobre sua taxa de juros, que ficou mantida pela quinta vez consecutiva em 5,25%.
O barril do petróleo cru para entrega em março, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 58,12 às 11h26 (em Brasília), ligeira variação negativa de 0,03%. Segundo a nota, a economia norte-americana deverá manter um ritmo moderado de crescimento, contrariando a expectativa de que o país fosse apresentar sinais de recessão. Dessa forma, a expectativa de que o consumo de petróleo no país não deve se confirmar, fazendo ressurgir o temor de escassez em períodos de pico de consumo nos EUA, como no verão.
O corte de 500 mil barris diários decido pela Opep em dezembro tinha por objetivo complementar a decisão tomada em outubro, de cortar em 1,2 milhão de barris a produção a partir de novembro, a fim de conter a queda nos preços da commodity vista entre julho e outubro do ano passado. A reação veio no fim do ano passado e o preço chegou a voltar a US$ 63, mas no início deste ano chegou a cair para o patamar de US$ 49, devido às altas temperaturas para um inverno nos EUA. Com a onda de frio nos últimos dias, no entanto, o consumo de combustível para calefação voltou a subir e os preços da commodity tiveram novo impulso.
O Departamento de Energia dos EUA mostrou ontem um recuo de 2,7 milhões de barris nas reservas de produtos destilados, que inclui combustível para calefação doméstica, totalizando 324,9 milhões de barris. A previsão dos serviços meteorológicos norte-americanos é de que a atual onda de frio perdure até meados de fevereiro. Em nota, o Fed afirmou que há indicadores econômicos atuais no país que "sugerem um crescimento econômico algo firme, e alguns sinais de estabilização surgiram no mercado imobiliário".