Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2025

Petrobras financiará projeto de despoluição de canais da Baía

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Segunda, 29 de Janeiro de 2007 às 17:45, por: CdB

A Petrobras, a Secretaria estadual do Ambiente e a UFRJ assinaram na tarde desta segunda-feira um projeto de despoluição dos canais do Cunha e do Fundão, na Baía de Guanabara. O projeto custará R$ 60 milhões e será financiado pela Petrobras. Os canais ficam perto da Linha Vermelha, na altura do conjunto de favelas da Maré, passagem obrigatória de quem chega à cidade pelo Aeroporto Tom Jobim.

Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o estudo estará pronto em 30 dias, com o início das obras previsto para o início do segundo semestre deste ano. A previsão do secretário é que as obras sejam concluídas em 18 meses.

O estudo vai detalhar as causas do assoreamento dos canais do Cunha e do Fundão e seus impactos no meio ambiente, apontando soluções para recuperá-los. As obras consistirão na dragagem de 6 km de extensão do Canal do Cunha e do Canal do Fundão e trechos dos Rios Jacaré e Faria Timbó que deságuam no Canal do Cunha.

O canal quase não pode mais ser navegado. Estudos mostram que em alguns pontos, a profundidade não passa de um metro. O canal recebe esgoto de todo tipo, até carcaças de carros, principalmente da Maré.

Segundo o secretário, o projeto de revitalização da região incluirá a construção de duas pequenas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE's) na foz dos rios Jacaré e Faria Timbó, reforço das ecobarreiras (barreiras feitas de material reciclável, instaladas em rios e canais com a finalidade de reter o lixo flutuante) e reflorestamento das margens.

A dragagem prevê a retirada de 1,8 milhão de metros cúbicos de lodo. De acordo com o Minc, a primeira camada, de 500 mil metros cúbicos, está contaminada por metais pesados e passará por um processo de tratamento. Após ser despoluída, esse material será despejado em um terreno, ainda a ser definido, próximo à UFRJ.

O restante consiste em areia que poderá ser reaproveitada para outros fins, inclusive obras de nivelamento e até para tratamento urbanístico e paisagístico da própria Ilha do Fundão.

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