Temer bate seu próprio recorde. Ele se aproxima da unanimidade; ou seja, 100% de rejeição entre os brasileiro. No levantamento, o peemedebista é reprovado por 97% dos brasileiros.
Por Redação - de Brasília
O governo do presidente de facto, Michel Temer (PMDB), é avaliado como ruim ou péssimo por 74% da população brasileira. Uma nova pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira, mostra também que a avaliação ótima ou boa ficou em 6% em dezembro; enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 19%. Para 69% dos entrevistados, o tempo que resta será ruim ou péssimo. Há também aqueles que preveem um governo ótimo ou bom, mas estes foram apenas 7%
Uma vez comparado ao governo da presidenta cassada Dilma Rousseff (PT, 59% consideram a administração Temer pior. A maneira de governar peemedebista é desaprovada por 88% dos entrevistados. E 90% não confiam nele.
Em setembro, a avaliação negativa do governo era de 77%. Já a avaliação ótima ou boa ficou em 6% em dezembro; ante 3% no levantamento anterior. Enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 19%, contra 16%.
— O que a gente percebe que a população, de maneira geral, ainda não percebe essa melhora na economia. À medida que a economia vai ganhando fôlego, e é uma recuperação gradual que nós estamos tendo... isso vai começar a afetar nesses indicadores de popularidade – disse a jornalistas Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI.
Exposição na mídia
Segundo a Confederação, embora ainda 19% dos entrevistados tenham lembrado de pelo menos uma notícia sobre corrupção, a taxa é muito menor do que em setembro. No período, estava em 44%. De um modo geral, caiu de 68% para 56% os que viam as notícias como mais desfavoráveis ao governo.
— Pelo lado da exposição na mídia, há uma melhora também em termos do governo; ou seja, esse menor percentual achando que as notícias são desfavoráveis — disse o gerente da CNI.
Na outra ponta, individualmente falando, as notícias mais lembradas foram as relacionadas à reforma da Previdência; e Fonseca vê uma melhora para o governo nesse sentido.
— A própria reforma da Previdência, a gente ouve mais recentemente uma mudança no foco da campanha do governo; um foco mais direto, até no debate mais franco. O governo batendo mais de frente na questão de diferenças dos dois setores — disse Fonseca.
Perspectiva ruim
Apesar da popularidade incrivelmente baixa do peemedebista; o gerente da CNI acredita que Temer será “um bom cabo eleitoral, ano que vem. Mas vai depender muito do ritmo da economia.
— Hoje o índice de popularidade está baixo, mas se a economia começar a ter uma retomada; e uma retomada cada vez mais forte… A eleição será somente no fim do ano que vem. Pode ser um bom cabo eleitoral quando chegar no momento certo — imagina.
A perspectiva para o restante do governo Temer seguiu a mesma linha que a avaliação atual. Para 69% dos entrevistados, o tempo que resta será ruim ou péssimo; ante 72% na sondagem anterior. Os que preveem um governo ótimo ou bom foram a 7%, ante 6%; dentro da margem de erro.
Comparação
Na comparação com o governo Dilma Rousseff, também houve pouca variação. Os que consideram a administração Temer pior seguem em 59%; enquanto os que veem o governo atual melhor passaram para 10%, ante 8%. Esta percepção também segue dentro da margem de erro.
A pesquisa mostrou, ainda, que a maneira de governar de Temer é desaprovada por 88% dos entrevistados; ante 89% no levantamento passado. E 90% não confiam em Temer, contra 92% em setembro. Aqueles que confiam no presidente de facto passaram de 6% para 9%.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre o dias 7 e 10 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Rejeição total
Em outra pesquisa, desta vez do Instituto Ipsos, divulgada nesta quarta, Temer bate seu próprio recorde. Ele se aproxima da unanimidade; ou seja, 100% de rejeição entre os brasileiro. No levantamento, Temer é reprovado por 97% dos brasileiros.
Em uma demonstração clara da rejeição ao golpe de Estado, em curso, todos os presidenciáveis deste campo também sofrem com altas taxas de reprovação. O titular do Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles, ostenta 72% de rejeição. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, amarga 73%. E o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresenta 72%.
No outro extremo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder absoluto em todos os cenários de intenção de voto, teve seu sexto mês seguido de melhora na avaliação. Chega, facilmente, a 45% de aprovação. Lula é o presidenciável com a menor rejeição entre todos os candidatos.