Sobre um evento que deveria ser comemorado como uma ação pela união nacional, pela ponte entre setores da sociedade muitas vezes vistos como antagônicos, a patrulha ressalta a divisão e a diferença.
Por Carolina Maria Ruy – de Brasília
A patrulha identitária mostra o quanto pode ser ridícula ao acusar de falta de representatividade a foto do evento do PT e PSB no dia 8 de abril.Ideia de diversidade
Seja como for, o que me chama a atenção é que a agência, ao impor um padrão onde a identidade deveria ser nítida e clara, acabou sendo acusada de racismo, prática contraditória com a ideia de diversidade. Isso mostra toda a hipocrisia envolvida nesse discurso identitário e a sanha das empresas em se apropriar dele para supostamente agregar valores morais. Quando o MDB oficializou a senadora Simone Tebet como pré-candidata do partido à Presidência da República, na foto divulgada haviam vários jovens, mulheres, negros e uma indígena em destaque com um belo cocar. Tebet defende o teto de gastos e a reforma trabalhista. Quais candidatos fariam mais pela população vulnerável e oprimida? Tebet e seus representantes da diversidade ou a chapa de união do “branco” Lula?Carolina Maria Ruy, é jornalista e coordenadora do Centro de Memória Sindical.
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