Os 22 mil internos do sistema penitenciário do Rio de Janeiro terão a oportunidade de poder concluir os estudos, graças a uma parceria entre a Secretaria de Educação e o Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio (Cederj). O objetivo é a implantação de pólos de educação a distância dentro dos presídios.
As aulas serão levadas aos alunos pela internet de segunda a sexta-feira, através da estrutura já existente do Cederj. Cada pólo será equipado com computadores e contará com salas de aula, laboratório e biblioteca. O ensino presencial será dado por universitários, que trabalharão como tutores, tirando dúvidas dos alunos, que ainda receberão bolsa, além de auxílio financeiro para transporte e alimentação.
- Vamos oferecer bolsas-auxílio para que estudantes de Licenciatura em Matemática, Língua Portuguesa, Física e Química possam ir aos presídios nos fins de semana esclarecer dúvidas dos detentos - afirmou o secretário de Educação, Nelson Maculan.
Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que 80,3% dos detentos entre 19 e 26 anos têm menos de sete anos de estudos. Metade dos presos não tem nem o ensino médio concluído. No caso das mulheres, a situação é mais grave: 20% são analfabetas.
Atualmente, 5.372 alunos estudam em 14 escolas estaduais implantadas em unidades prisionais, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Além disso, a Secretaria de Educação também oferece a chance para que esses internos se inscrevam no Exame Supletivo, conhecido como Provão. No ano passado, 2.350 detentos fizeram as provas, sendo 785 para o Ensino Médio e 1.565 para o Ensino Fundamental.