Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Papa Francisco condena 'assassinato atroz' de presidente do Haiti

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Quinta, 08 de Julho de 2021 às 10:16, por: CdB

 

O papa Francisco condenou nesta quinta-feira o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, e enviou "condolências" ao povo do país caribenho. O líder da Igreja Católica se manifestou por meio de um telegrama enviado à Nunciatura Apostólica no Haiti pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano

O papa Francisco condenou nesta quinta-feira o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, e enviou "condolências" ao povo do país caribenho.
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Jovenel Moise governava o Haiti desde fevereiro de 2017
O líder da Igreja Católica se manifestou por meio de um telegrama enviado à Nunciatura Apostólica no Haiti pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. – Ao ter notícia do atroz assassinato do qual foi vítima o Excelentíssimo Sr. Jovenel Moise, presidente do Haiti, Sua Santidade Papa Francisco transmite suas condolências ao povo haitiano e a sua esposa, também gravemente ferida, cuja vida encomenda a Deus – diz o telegrama. Além disso, o pontífice "expressa sua tristeza e condena todas as formas de violência como meio de resolver crises e conflitos". "Deseja para o querido povo haitiano um porvir de concórdia fraterna, solidariedade e prosperidade. Em sinal de consolo, invoca a abundância das bênçãos divinas sobre o Haiti e todos os seus habitantes", conclui a mensagem.

Assassinato

Moise governava o Haiti desde fevereiro de 2017 e foi assassinado por um comando armado dentro de sua residência, em Pétion-Ville, nos arredores da capital Porto Príncipe, na madrugada da quarta-feira. Sua esposa, a primeira-dama Martine Moise, ficou gravemente ferida e foi transferida de avião para um hospital em Miami. No fim da noite, a polícia haitiana anunciou a prisão de dois "mercenários" envolvidos no ataque e a morte de outros quatro. No entanto, ainda não há informações sobre suas identidades. Logo após o falecimento de Moise, o premiê Claude Joseph disse que o comando era formado por estrangeiros que falavam "inglês e espanhol". Além disso, Joseph se autoproclamou presidente interino, embora Moise já tivesse anunciado sua substituição no cargo de primeiro-ministro por Ariel Henry. – Não quero jogar gasolina na fogueira e aumentar um incêndio já grave, mas minha nomeação foi publicada no Diário Oficial e eu já estava formando o governo quando atacaram a residência presidencial – disse Henry ao jornal Le Nouvelliste. – O primeiro-ministro sou eu, enquanto Joseph era um premiê demissionário. Na minha visão, ele não é mais primeiro-ministro. Ou então temos dois primeiros-ministros neste país? – acrescentou. Apesar disso, Henry ressaltou que existe uma "oportunidade de diálogo" para permitir a realização de eleições gerais - ele havia sido nomeado por Moise justamente para organizar o próximo pleito no Haiti.

Dinâmica

Ainda de acordo com o jornal Le Nouvelliste, Moise foi atingido por pelo menos 12 tiros, a maioria deles no peito e no abdômen. – O escritório e o quarto do presidente foram saqueados – contou ao diário o juiz Carl Henry Destin, um dos primeiros a chegar ao local do crime. Durante o ataque, a filha de Moise, Jomarlie, conseguiu se esconder, enquanto dois funcionários foram imobilizados, mas não tiveram ferimentos.
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