O presidente também afirmou que o governo precisará discutir em algum momento com o Congresso a mudança do "limite de gastos" do país.
Por Redação - de Brasília
Na cerimônia de anúncio de investimento de R$ 23 bilhões via PAC Seleções, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil “vive um momento de ouro” na economia, com grandes expectativas e otimismo no exterior em relação ao país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está confiante no futuro econômico do país
— Eu estou muito otimista com o futuro desse país e com o que vai acontecer nos próximos anos. Esse ano a economia vai crescer. Se todo o dinheiro que nós anunciamos estiver funcionando a economia vai crescer — avalia.
Fator ‘sorte’
O presidente, em sua fala, ironizou quem atribui o sucesso econômico de seu governo atual e dos passados à “sorte”.
— Eu e o Alckmin fizemos uma reunião com a indústria automobilística. A indústria automobilística brasileira andava encruada, as empresas fechando, indo embora. De repente, como se fosse um passe de mágica - eu tenho sorte - nós, nesse começo de ano, já recebemos o anúncio de investimento de quase R$ 100 bilhões na indústria automobilística brasileira para os próximos três anos — acrescentou.
Microcrédito
Lula citou, ainda, o pagamento de precatórios como mais uma razão para esperar um crescimento da economia brasileira.
— Se os R$ 94 bilhões de precatórios estiverem rodando o mundo, isso vai ter que gerar emprego. Se os bilhões que nós colocamos de financiamento para agricultura, alguma coisa vai dar, vai dar emprego. Se a quantidade de microcrédito que anuncia todo dia estiver funcionando, isso vai gerar emprego — pontuou.
Expectativa
Segundo o líder brasileiro, o país retoma o rumo do progresso e do desenvolvimento, com justiça social.
— O Brasil vive um momento de ouro. Eu nunca vivi um momento de otimismo com relação ao Brasil como nós temos hoje no mundo inteiro. Eu acabei de participar de uma reunião com 54 países africanos na Etiópia. Cinco dias depois, fui participar de uma reunião na Guiana com os 15 países do Caricom. Terminou a reunião, fui fazer uma reunião em São Vicente e Granadinas com os 33 países da Celac. Eu nunca vi tanta expectativa com relação ao Brasil como estou vendo nesse momento — revela.
Ambiente
Ainda de acordo com o presidente, há uma confluência de fatores que contribuem para o crescimento da economia brasileira.
— O Haddad recebeu comigo recentemente a diretora-geral do FMI, o diretor do Banco Asiático. Se vier para cá todo o dinheiro que eles acham que estão pensando em trazer para o Brasil, não tem por que a gente não acreditar que o Brasil vai voltar a fazer parte das principais da economia do planeta Terra — revela.
Para Lula, seu governo já criou o ambiente necessário para impulsionar a economia.
— O que a gente dizia: precisamos garantir estabilidade jurídica; esse país tem. Precisamos garantir estabilidade econômica; esse país tem. Precisamos garantir estabilidade fiscal; esse país tem. Precisamos garantir estabilidade social; esse país tem — contabiliza.
Limite
O presidente também afirmou que o governo precisará discutir em algum momento com o Congresso a mudança do "limite de gastos" do país.
— Quando a gente tiver mais dinheiro a gente vai ter que discutir com a Câmara e o Senado esse limite de gastos, e vamos ver como é que a gente pode utilizar mais dinheiro para fazer mais benefício para o povo — concluiu.
