O Conselho Provincial de Basra, no sul do Iraque, condenou nesta segunda-feira as forças britânicas por terem invadido e destruído uma delegacia que era a base de operações de uma unidade policial acusada de realizar atividades ilegais.
O Conselho disse que a invasão, na cidade de Basra, foi ilegal e uma provocação e que não foi informado pelas autoridades militares britânicas sobre a operação, antes de ela ocorrer. O líder do órgão, Mohammed Al Labadi, disse que o Conselho estava deixando de colaborar com os militares britânicos na região.
Por sua vez, um porta-voz militar britânico, major Charles Burbridge, disse que o próprio primeiro-ministro iraquiano, Nouri Al-Maliki, havia dado autorização para que a unidade da polícia fosse desmobilizada. Além disso, outros líderes religiosos e políticos teriam dado apoio à operação.
A unidade policial, encarregada de lidar com crimes considerados graves, era acusada de realizar roubos e homicídios. Durante a operação britânica, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, foram resgatados 127 prisioneiros que estavam na delegacia.
Os militares britânicos dizem que realizaram a invasão com base em informações que indicavam que alguns dos prisioneiros seriam executados.
O porta-voz Charlie Burbridge disse que vários dos prisioneiros resgatados traziam sinais de tortura. Mais de mil soldados, com o apoio de helicópteros e veículos blindados, participaram da operação.
Na sexta-feira, sete oficiais iraquianos foram presos na sexta-feira por suposto envolvimento em corrupção e na condução de um esquadrão da morte na unidade.
A Grã-Bretanha possui 7,2 mil soldados no sul do Iraque, a maioria na área de Basra. Também nesta segunda-feira, pelo menos dez pessoas morreram e quinze ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba na capital iraquiana, Bagdá.
A explosão ocorreu em uma movimentada área comercial no subúrbio de Jadida, no leste da cidade.
Órgão iraquiano diz que operação britânica foi 'provocação'
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Segunda, 25 de Dezembro de 2006 às 19:07, por: CdB