A partir desta semana, e durante a alta temporada, o governo do Rio pretende pôr em prática uma operação para coibir de imediato os abusos e a exploração dos turistas por táxis flanelinhas, guias-mirins e vendedores ambulantes na área da estação do Corcovado e nos acessos ao monumento do Cristo Redentor. Numa segunda etapa, em caráter permanente, a promessa e de implantação de um rigoroso sistema de ordenamento, controle e fiscalização de todos esses serviços e regularização da situação legal de seus prestadores.
Estas foram as principais medidas aprovadas que a TurisRio, empresa vinculada à Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, manteve com órgãos de segurança do Estado e do município e representantes de diferentes setores do turismo, seguindo orientação do Secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes. O objetivo foi tratar dos problemas decorrentes do caótico sistema do acesso ao monumento do Cristo Redentor e da qualidade dos serviços prestados aos turistas.
Uma força-tarefa, mais ampla, reunindo o efetivo de batalhões da Polícia Militar, da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) e da Polícia Civil , tratará das medidas definitivas a serem implementadas mais adiante, numa tentativa de organizar a questão do acesso e da legalização dos prestadores de serviços. Os detalhes da operação não foram revelados.
O livre acesso ao Corcovado seria permitido exclusivamente por sistemas de transporte terceirizados e controlados pelo poder público, através de vans especiais e táxis credenciados. Os veículos particulares teriam acesso apenas até as Paineiras, onde existe uma área de estacionamento, sob controle do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A área receberia melhoramentos e teria fiscalização do poder público. Esta utilização teria que ter a autorização do Ibama.
Para o estacionamento dos ônibus, um dos problemas que causa maior transtorno, tanto aos turistas quanto ao trânsito em Laranjeiras e Cosme Velho, foram citados vários estudos. Um deles é uma garagem subterrânea na Praça São Judas Tadeu, junto à estação do trem, projeto vetado pela Associação de Moradores. Outro é a utilização do terminal da prefeitura, existente junto ao viaduto, com urbanização da área em redor. O projeto será reavaliado.