A operação cumpriu 17 mandados de busca e apreensão no DF, além de bloquear bens e determinar a revisão de benefícios suspeitos pelo INSS.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal, em parceria com a Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Previdência, deflagrou nesta terça-feira a Operação DeLorean para desarticular um esquema de fraudes voltado à concessão indevida de aposentadorias com uso de vínculos empregatícios simulados e documentos falsificados.

A operação cumpriu 17 mandados de busca e apreensão no DF, além de bloquear bens e determinar a revisão de benefícios suspeitos pelo INSS. As fraudes ocorreram entre 2014 e 2023, por meio da transmissão extemporânea de GFIPs por empresas ligadas a contadores investigados. Dois advogados também são suspeitos de usar documentos falsos em ações judiciais para viabilizar os benefícios.
Foram identificados 232 benefícios irregulares, com prejuízo estimado em R$ 56,6 milhões e risco de danos futuros superiores a R$ 200 milhões.
A operação reafirma o compromisso das instituições envolvidas com a integridade do sistema previdenciário e o combate ao desvio de recursos públicos.
Falsificação de documentos
FICCO/PA deflagrou Operação Nome Falso, contra esquema de falsificação de documentos ligados a facção criminosa em Belém-PA. Nesta quarta-feira, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PA) deflagrou operação decorrente de investigação policial que apura esquema criminoso de falsificação de documentos e corrupção de servidores públicos no Estado do Pará, com conexões diretas com integrantes de facção criminosa.
A investigação tem origem na Operação Exílio, iniciada pela Polícia Federal no ano de 2020, e revelou a existência de um núcleo criminoso atuante no Pará, responsável pela produção e distribuição de documentos ideologicamente falsos. Esses documentos eram utilizados para acobertar a identidade e a condição de foragidos de membros de facção criminosa, envolvidos no tráfico internacional de drogas e armas na região de fronteira entre Brasil e Paraguai.
Apurou-se que, por meio da cooptação de servidores públicos em diferentes esferas, os criminosos obtinham documentos expedidos por órgãos federais e estaduais, como Certificado de Dispensa de Incorporação (Exército), Carteira de Trabalho Digital, NIT (INSS), CPF (Receita Federal) e título eleitoral (Justiça Eleitoral). As fraudes envolviam ainda a emissão irregular de certidões de nascimento em cartórios extrajudiciais.
Durante a investigação, foram identificados indícios do envolvimento de servidores públicos que, no exercício de suas funções, facilitaram a produção e validação dos documentos fraudulentos. Entre os investigados estão responsáveis por cartórios, servidores municipais e agentes vinculados à Justiça Eleitoral, que teriam emitido centenas de inscrições irregulares, levantando suspeitas de fraude eleitoral e falsificação documental em larga escala.
Foram expedidos três mandados de busca e apreensão pelo juízo federal 4ª Vara Federal Criminal da SJPA, depois de representação da FICCO/PA, dos três mandados, dois foram cumpridos nas cidades de Santa Izabel/PA e São Francisco/PA.
A operação reforça o compromisso da FICCO/PA, composta pela Polícia Federal, Polícia Civil do Pará e Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), com o enfrentamento qualificado e integrado ao crime organizado, especialmente no que se refere à atuação de facções e suas redes de apoio.