A Polícia Federal apurou fortes indícios de que, embora exercesse a função de auxiliar parlamentar, o indivíduo não frequentava o gabinete, ou mesmo a ALAP, sendo, portanto, um “funcionário fantasma”.
Por Redação, com ACS - de Brasília
A PF deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a Operação Divisio*, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Macapá, em investigação que apura os crimes de peculato, corrupção eleitoral e organização criminosa, em razão da suposta contratação de servidores fantasmas, por gabinete de deputado da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP), além de compra de votos.
Há indícios de que a pessoa recebia salário, mas sequer comparecia ao local de trabalho
A investigação
Os mandados de busca foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral – TRE/AP e cumpridos nas residências de dois investigados e no gabinete de um deputado. A apuração da PF identificou que, pelo menos desde o ano de 2020, o assessor de um parlamentar repassava valores do gabinete, supostamente indevidos, a terceiros.
A Polícia Federal apurou fortes indícios de que, embora exercesse a função de auxiliar parlamentar, o indivíduo não frequentava o gabinete, ou mesmo a ALAP, sendo, portanto, um “funcionário fantasma”.
A PF ainda verificou indícios de um esquema de recrutamento de eleitores e de compra de votos, com participação ativa de servidores do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN).
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato e corrupção eleitoral, cujas penas somadas alcançam 24 anos de reclusão.
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