A Operação Coroa cumpriu sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nessas duas cidades e em Assunção, no Paraguai, em parceria com as autoridades locais
Por Redação, com ABr - de Brasília:
Uma operação deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal (PF) pretende desarticular uma organização criminosa que distribui drogas em Caxias do Sul (RS) e em Ponta Porã (MS).
A Operação Coroa cumpriu sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nessas duas cidades e em Assunção; no Paraguai, em parceria com as autoridades locais.
De acordo com nota divulgada pela PF, durante as investigações foram identificados criminosos; que adquiriram cocaína com a ajuda de um traficante brasileiro preso no Paraguai.
O narcotraficante responde a processos decorrentes de quatro operações da PF (Matriz, Panóptico, Suçuarana e Argus) e em três processos é pedida sua extradição.
Território brasileiro
A entrada da droga em território brasileiro era feita por Ponta Porã. De lá ela era comercializada na Serra Gaúcha. Iniciadas em março, as investigações já resultaram na apreensão de mais de 4,6 toneladas de cocaína e maconha nas cidades de Veranópolis (RS), Maringá (PR) e Campo Grande (MS).
Três pessoas já foram presas em flagrante durante essas investigações. Também foram apreendidos dois caminhões e um automóvel usados para transportar a droga. A PF estima que cada carga de cocaína rendeu, aos traficantes algo próximo a R$500 mil. Seis investigados já tiveram suas contas bancárias bloqueadas.
Previdência Social
A Polícia Federal cumpriu na segunda-feira 10 mandados de busca e apreensão e nove mandados de condução coercitiva no distrito de Santa Maria, em Campos dos Goytacazes, norte Fluminense; contra integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes a benefícios assistenciais ao idoso, da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), da Previdência Social.
As investigações indicaram que a associação criminosa, formada por três irmãos; utilizava documentos falsos em nome de pessoas fictícias para obter; de forma irregular, centenas de benefícios de prestação continuada. O grupo causou prejuízo estimado em cerca de R$ 13 milhões à Previdência Social. Parte do dinheiro obtido com as fraudes foi localizado em contas de “laranjas”; resultando no bloqueio judicial de R$ 6,6 milhões.
De acordo com o delegado Vinicius Venturini, responsável pela investigação, da quadrilha faziam parte um grupo de ciganos instalados no município de Campos. Segundo ele, “esse foi um grande passo na investigação; porque a Justiça mandou bloquear R$ 6,6 milhões encontrados em contas da quadrilha; que retornarão aos cofres da Previdência Social”.
Deflagrada em abril de 2016, a ação apurou a emissão irregular de certidões de nascimento tardias pelos antigos responsáveis pelos cartórios de registro civil de Travessão e Vila Nova; sem que houvesse o cumprimento dos requisitos legais. Bem como a utilização de tais documentos junto ao INSS visando a obtenção irregular de benefícios assistenciais de prestação continuada.