Israel condenou a resolução aprovada pela Assembleia da ONU nesta sexta-feira, que apoia a criação de um Estado palestino, mas sem o governo do Hamas.
Por Redação, com ANSA – de Genebra
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou nesta sexta-feira a Declaração de Nova York, que visa dar um novo impulso à solução de dois Estados no Oriente Médio, sendo um israelense e outro palestino. No entanto, o texto pediu a exclusão do Hamas do governo.

A resolução foi aprovada por 142 votos a 10, e 12 abstenções.
A Itália e outros 26 Estados-membros da União Europeia foram favoráveis à medida. Entre os contrários estão Estados Unidos, Israel, Hungria, Argentina e Paraguai.
O documento, redigido pela França e pela Arábia Saudita, “condena os ataques perpetrados pelo grupo fundamentalista em 7 de outubro contra civis” em Israel e afirma que “o Hamas deve interromper a própria autoridade no enclave, entregar as armas e libertar todos os reféns” mantidos em Gaza.
A Declaração de Nova York adotada hoje também pede o “fim da guerra em Gaza” e uma “solução justa, pacífica e duradoura para o conflito israelense-palestino, com base na implementação efetiva da solução de dois Estados”.
Tendo em vista um futuro cessar-fogo na região, também mencionou-se a implantação de uma “missão internacional temporária de estabilização” no enclave, sob um mandato do Conselho de Segurança da ONU “para proteger a população, apoiar o fortalecimento da capacidade do Estado palestino e fornecer garantias de segurança aos dois lados”.
A declaração formará a base da cúpula de 22 de setembro, na qual o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu reconhecer o Estado palestino.
– Juntos, estamos trilhando um caminho irreversível para a paz no Oriente Médio”, escreveu Macron no X. “Dois povos, dois Estados: Israel e Palestina, lado a lado, vivendo em paz e em segurança. Concretizar isso nos espera – acrescentou o líder francês.
Israel condena texto da Assembleia da ONU sobre dois Estados
Israel condenou a resolução aprovada pela Assembleia da ONU nesta sexta-feira, que apoia a criação de um Estado palestino, mas sem o governo do Hamas.
A declaração “é uma vergonha”, disse o governo israelense, acrescentando que o documento “encoraja” o grupo fundamentalista a seguir com a guerra.