Rio de Janeiro, 09 de Junho de 2025

Obras do MIS em Copacabana entram na fase final, diz Castro

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Quarta, 07 de Maio de 2025 às 15:03, por: CdB

Segundo Castro, o cronograma avança com a instalação do sistema de climatização e a revitalização da fachada.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

As obras da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, estão em ritmo acelerado e têm previsão de conclusão até dezembro deste ano. A informação foi divulgada pelo governador Cláudio Castro (PL) em publicação nas redes sociais. A notícia foi originalmente publicada pelo G1.

Obras do MIS em Copacabana entram na fase final, diz Castro | Governador promete entrega do MIS em Copacabana até dezembro
Governador promete entrega do MIS em Copacabana até dezembro

Segundo Castro, o cronograma avança com a instalação do sistema de climatização e a revitalização da fachada. Na madrugada do dia 18 de abril, 35 operários do Consórcio Copacabana participaram de uma operação para içar os novos equipamentos de ar-condicionado, utilizando dois caminhões guindastes com capacidade para 110 toneladas.

As intervenções internas também estão em andamento e incluem a finalização dos sistemas de acústica, iluminação, hidráulica e elétrica, além da instalação do sistema de pressurização das escadas, medidas contra incêndio e paisagismo. Do total de R$ 86,7 milhões destinados ao projeto, R$ 74,6 milhões são direcionados às obras internas e R$ 12,1 milhões à recuperação da fachada do prédio.

Idealizado para ser um espaço cultural moderno e interativo, o novo MIS contará com boate, cine-teatro, cinema ao ar livre no terraço, restaurante panorâmico, café e áreas expositivas que prometem uma experiência imersiva na cultura carioca e brasileira. O acesso ao acervo será facilitado por audioguias em três idiomas e maquetes táteis, garantindo acessibilidade ao público.

O projeto arquitetônico, assinado pelo escritório norte-americano Diller Scofidio + Renfro em colaboração com o brasileiro Indio da Costa, é um dos mais ousados da cena cultural do Rio. A concepção do museu remonta a 2011, mas sua execução foi marcada por uma série de interrupções. As obras foram suspensas em 2016 e só retomadas cinco anos depois, em 2021.

Relatórios técnicos

Em março de 2023, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ) chegou a notificar o governo estadual sobre o abandono do canteiro de obras. Relatórios técnicos apontaram a deterioração de diversos elementos da estrutura, como corrimãos enferrujados e vidros manchados por infiltrações, reflexo do longo período de inatividade.

Com a nova previsão de entrega em dezembro, o governo espera que o equipamento cultural enfim se torne uma referência para moradores e turistas, contribuindo para a revitalização de uma das regiões mais simbólicas da cidade.

Arte nas ruas

A partir do próximo dia 14 de maio, o cotidiano dos cariocas será atravessado por uma intervenção artística que convida à reflexão sobre o uso excessivo da tecnologia, informa Ancelmo Gois em sua coluna no diário conservador carioca O Globo. Trata-se de “Primórdios digitais”, projeto do artista visual Beto Gatti que levará cinco esculturas monumentais a diferentes pontos do Rio de Janeiro.

Com até dois metros de altura e produzidas em bronze, as obras mesclam traços de primatas e figuras humanas, em cenas marcadas por comportamentos contemporâneos mediados por telas, câmeras e dispositivos de realidade virtual. A proposta é provocar o público a repensar a dependência tecnológica e o impacto desse hábito sobre as relações humanas.

As figuras criadas por Gatti retratam um paradoxo: seres primitivos em atitude contemplativa, porém submersos em gadgets do século XXI. Com isso, o artista convida a cidade a refletir sobre o que se perdeu em meio à hiperconectividade.

“A ideia é usar o espaço urbano como plataforma de diálogo sobre como nos relacionamos com a tecnologia. Estamos mais conectados do que nunca, mas também mais isolados”, diz Beto Gatti, que assina a curadoria e a concepção da intervenção.

Arte nas ruas do Rio

As esculturas ficarão expostas em locais de alta circulação, integrando um circuito estratégico pela cidade. Três delas estarão na Zona Sul: na Rua Dias Ferreira, no Leblon; no calçadão da praia, em frente à Rua José Linhares; e às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura do Corte do Cantagalo. A Praça Mauá, em frente ao Museu do Amanhã, também receberá uma das peças.

O quinto ponto do circuito é o Aeroporto Internacional do Galeão, onde a escultura “Saudade” já está instalada desde o ano passado e agora será incorporada oficialmente à ação urbana. A obra mostra uma figura melancólica, curvada sobre um celular, simbolizando a distância emocional provocada pelo excesso de conexões digitais.

Arte como alerta urbano

Com “Primórdios digitais”, Beto Gatti amplia seu repertório de intervenções em espaços públicos, sempre guiado pela provocação visual e pelo desejo de transformar o ambiente urbano em local de diálogo estético e crítico.

O artista, que já realizou trabalhos em cidades como Nova York, Miami e São Paulo, pretende com esta série aproximar arte contemporânea e debate social. Segundo ele, os primatas-humanos de bronze funcionam como “espelhos públicos”, forçando quem passa a se reconhecer, ou se incomodar, com os gestos automatizados e a desconexão emocional típica da era digital.

A exposição é gratuita e aberta ao público, funcionando como um museu a céu aberto que insere questões urgentes no fluxo diário da cidade.

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