Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2025

Número de ativistas de Direitos Humanos mortos passa de 60

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Domingo, 24 de Setembro de 2017 às 11:37, por: CdB

O documento de denúncia às práticas de violência foi elaborado durante o Seminário Nacional sobre Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos.



Por Redação, com ACSs - de São Paulo

 

Antes mesmo do fim de 2017, o Brasil já contabiliza 62 assassinatos de ativistas e lideranças do campo e da cidade. Os números estão no documento elaborado pelo Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH).

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A perseguição a ativistas de Direitos Humanos é uma constante no país

Ao todo, o documento reúne 15 situações de violência a qual estão expostos ativistas e trabalhadores pelo Brasil. Indígenas, trabalhadoras e trabalhadores rurais e urbanos, comunidades quilombolas, pescadores, lideranças da população LGBTI e militantes dos movimentos das favelas estão entre os grupos mais afetados pela violência. Ainda segundo a publicação, "o descaso do poder público intensifica essa situação de violência".

Contextos

A chacina de Pau d'Arco, ocorrida em Maio, por exemplo, é um caso de "morte anunciada", afirma a publicação. Isso porque ao mesmo tempo em que nove trabalhadores e uma trabalhadora rural foram assassinados por forças policiais na Fazenda Santa Lúcia, o estado do Pará também é palco de situações de conflito e ameaças constantes na luta pela terra.

É o caso das frequentes tentativas de expulsão por parte de pistoleiros do acampamento Hugo Chavez, localizado na região de Marabá (PA). Em julho deste ano, homens armados atiraram em direção ao acampamento e atearam fogo nos barracos e roças dos acampados. No final de 2016, outro ataque semelhante aconteceu. Em resumo, o acampamento vem sofrendo consecutivos episódios de violência até hoje.

Violência

O documento denuncia também a impunidade que ronda os casos de assassinatos dos defensores de direitos humanos pelo Brasil. Os defensores afirmam que muitos desses casos foram de conhecimento de autoridades públicas, mas nada foi feito para evitá-las.

O Comitê é composto por diferentes organizações da sociedade civil, lideranças e movimentos populares do campo e da cidade. O documento de denúncia às práticas de violência foi elaborado durante o Seminário Nacional sobre Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos. O encontro ocorreu em Brasília (DF) entre os dias 13 e 15 de setembro. 

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