Rio de Janeiro, 26 de Junho de 2025

Novo ministério reunirá técnicos e políticos nos principais cargos

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Terça, 02 de Janeiro de 2007 às 11:02, por: CdB

O ministério do próximo mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva será um reflexo da transformação ocorrida ao longo dos anos no presidente. Depois de passar por uma série de dificuldades, causadas por um time montado na crença de que boas intenções e vontade política bastariam para conduzir o país, Lula busca uma composição mais objetiva, voltada para a solução de questões políticas e administrativas. Em 2004, Lula trocou a maioria de seus ministros e, agora, tende a realizar uma nova rodada de trocas, segundo observador da cena política e ex-integrante do governo até as eleições.

Os nomes dos novos ministros deverão mesmo ser conhecidos somente em fevereiro e, embora leve em conta a necessidade de reforçar alianças políticas, deverá prevelecer também o caráter técnico em certos setores. Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff disse a jornalistas que o perfil adotado para a futura equipe deverá mesclar apoio político e capacidade de gerenciamento. Para a ministra, que deverá continuar no cargo, o presidente quer ministros que sejam uma mistura entre técnico e político.

- O presidente vai fazer questão da característica dupla, de técnicos comprometidos com o país - disse.

A tendência é que, da equipe que começou o primeiro mandato de Lula, fiquem no governo apenas a ministra Dilma e o atual ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que deve seguir para a pasta da Justiça no lugar de Márcio Thomaz Bastos, que deixará o governo. E, mesmo assim, se a nomeação for confirmada, será a quarta pasta ocupada por Tarso no governo Lula.

Segundo o observador, o presidente ficou bem impressionado com a capacidade gerencial de sua última equipe e tende a manter nos cargos os ministros Fernando Haddad (Educação), Orlando Silva (Esportes) e Nelson Machado (Previdência Social), caso a pressão política exercida pelos novos partidos que integram o governo de coalizão seja contornada para outros setores. É certo que PT e PMDB ocuparão o maior número de cargos nos ministérios e têm buscado cada vez mais espaço no governo, o que deixa uma pequena margem de manobra para os demais aliados.

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