O vencedor de 22 “Grand Slams” também quis evitar comparações entre a rivalidade entre os “Três Grandes” e a de Alcaraz com o italiano Jannik Sinner.
Por Redação, com Europa Press – de Madri
O tenista espanhol Rafa Nadal reconheceu nesta quinta-feira que seu compatriota Carlos Alcaraz está fazendo “uma carreira impressionante” aos seus 22 anos que “parece estar no caminho certo para ser algo único”, mas acredita que não deve ser pressionado porque o que “você tem que fazer é aproveitar o momento e ter alguns objetivos para continuar melhorando”.

– Sim, ele está tendo uma carreira impressionante. Ele é um jogador muito especial, nós sabíamos disso há anos, mas isso se confirmou com o tempo e está melhorando o que é uma carreira impressionante – disse Nadal à imprensa depois de participar do XXIV Torneio de Golfe Beneficente contra o câncer de mama da Fundação Clínica Menorca, realizado no campo de La Herrería, na cidade madrilenha de San Lorenzo de El Escorial.
Manacor estava “muito feliz” pelo murciano. “A verdade é que ter alguém como ele na Espanha nos ajuda a continuar sendo um país que é referência de tênis no mundo, o que temos sido por muitos anos e não estou falando por mim, isso vem de muito antes. Carlos dá continuidade a todo esse período de sucesso, não só no tênis, mas no esporte em geral”, ressaltou.
“Big Three”
Nesse sentido, ele acredita que o palmeirense “obviamente pode” alcançar seus 22 ‘grandes’ ou os do ‘Big Three’ que formou com o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic. “A carreira parece estar no caminho certo para ser algo único. Tomara que ele possa ter uma carreira muito longa, que é o que ele também precisa para alcançar alguns números, e tomara que as lesões o respeitem e tudo corra bem”, disse.
– E bem, vamos deixá-lo. Ele tem seis, o que é um número incrível em sua idade, e espero que tenha o máximo que puder – acrescentou Nadal, que, em relação às palavras que Federer havia dito ao espanhol recomendando que ele pensasse em cinco anos, esclareceu que esse espaço de tempo não era considerado “muito curto prazo”. “Cinco anos são muitos, ainda mais no tênis, que a qualquer momento as coisas podem mudar drasticamente”, disse ele.
– Acho que no final das contas o que você tem que fazer é aproveitar o momento, que é brilhante, e continuar trabalhando para continuar atingindo metas, continuar melhorando, e treinar todos os dias com a ilusão de ser melhor em alguma coisa. Mesmo que você seja o melhor do mundo, sempre há espaço para melhorar as coisas, essa é a motivação diária. Eu aproveitaria o dia a dia e depois veríamos como tudo evolui. Obviamente, na vida, os objetivos são muito importantes e você precisa tê-los a curto, médio e um pouco mais a longo prazo, mas eu nunca trabalhei por cinco anos – disse ele.
O vencedor de 22 “Grand Slams” também quis evitar comparações entre a rivalidade entre os “Três Grandes” e a de Alcaraz com o italiano Jannik Sinner.
– Nós éramos nós e pronto. No final, cada um tem que viver sua própria história, cada história é diferente, e não há razão para ficar comparando o dia todo. O nosso foi um período de três jogadores que mudaram ‘um pouco’ os números que haviam sido feitos até aquele momento – disse o jogador das Ilhas Baleares.