Diferentes forças políticas se movimentam nos preparativos para as eleições gerais do ano vindouro, em ambiente marcado pela crise e pela instabilidade. Mesmo a pandemia, que vem numa trajetória de queda, dá sinais de recrudescimento agora sob a ameaça da variante Ômicron.
Por Luciano Siqueira - de Brasília
No meio do caminho tem muitas pedras, e para ninguém está fácil contorná-las.Sinais mais evidentes de deterioração
Desemprego, inflação, carestia e fome são os sinais mais evidentes de deterioração do ambiente social. Ponto para a instabilidade e, em certa medida, para uma boa dose de imprevisibilidade.Nesse cenário, ainda é cedo para previsões afirmativas. Mas dificilmente Jair Bolsonaro encontrará condições consistentes para sua reeleição. Como diria Marco Maciel, com a economia desse jeito não dá. E do outro lado da rua, erra quem presume que a estrada se abre fácil para o ex-presidente Lula e que o espectro político de centro direita, o rentismo, o poderoso agronegócio e as chamadas “forças externas” e a grande mídia não serão capazes de viabilizar uma candidatura competitiva com rótulo de terceira via. A vida não está fácil para ninguém. Nesse cenário, o PCdoB se move apoiado em correta concepção frentista, ampla e flexível, e se empenha na concretização de uma federação partidária que pode vir a ter a consistência e a credibilidade de um polo democrático e popular capaz te alcançar o êxito eleitoral. A convergência de PT, PSB e PCdoB e outras legendas, uma vez concretizada, oremos para que aconteça, se constituiria em fato político novo, capaz de acenar à nação com a possibilidade real de saída para crise. Será? Ainda tem muito chão pela frente. Mas sonhos são possíveis, desde que sejamos capazes de viabilizá-los…Luciano Siqueira, é Médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB
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