Milhares de pessoas protestaram contra a cultura de assédio sexual de mulheres e a desigualdade de gênero nesta segunda-feira em 40 cidades da Austrália. A manifestação ocorreu em meio a denúncias de que membros do governo cometeram abusos e assédios.
Por Redação, com ANSA - de Melbourne
Milhares de pessoas protestaram contra a cultura de assédio sexual de mulheres e a desigualdade de gênero nesta segunda-feira em 40 cidades da Austrália. A manifestação ocorreu em meio a denúncias de que membros do governo cometeram abusos e assédios.
Milhares de mulheres protestaram em 40 cidades australianas contra as desigualdades e os abusos sexuais
Em Camberra, o ato terminou em frente ao Parlamento e as manifestantes gritaram palavras de ordem e criticaram o governo por "não ouvir" e não tomar as atitudes corretas contra os acusados. Melbourne e Sydney também registraram cerca de 10 mil pessoas nos protestos.
No início do mês, uma carta enviada ao premiê Scott Morrison acusava o procurador-geral do país, Christian Porter, de ter abusado de uma amiga na época da faculdade, em 1988. Segundo os amigos, esse foi um dos motivos que provocou o suicídio da mulher, então com 49 anos em 2020. Porter veio à público dizer que não tinha cometido o crime e que estava tirando uma licença porque a denúncia o abalou muito.
Revelação
Pouco antes da revelação de Porter, em fevereiro, a ex-assessora da ministra da Defesa, Linda Reynolds, acusou um colega de trabalho de ter sido estuprada dentro do Gabinete da pasta em 2019. Em ambos os casos, o governo de Morrison é acusado de não fazer o suficiente pelas vítimas.
Higgins discursou nesta segunda-feira em frente ao Parlamento é criticou a cultura "horrível" que normaliza a violência sexual contra as mulheres. Lembrou ainda que, como no caso, dela, crimes sexuais "podem acontecer em qualquer lugar".
As revelações da ex-assessora política provocaram uma onda de manifestações de mulheres que relataram abusos e assédios em diversos locais, como escolas, repartições públicas, entre outros.