Rio de Janeiro, 09 de Setembro de 2025

Motta trava o projeto de anistia bolsonarista até ouvir o STF

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Quarta, 21 de Maio de 2025 às 20:48, por: CdB

A pauta retornou à discussão após uma semana de recesso informal na Casa e foi trazida à mesa por representantes da oposição. O PL em discussão perdoa não apenas os crimes já cometidos, mas também aqueles que venham a ocorrer futuramente.

Por Redação – de Brasília

Em reunião com líderes partidários nesta terça-feira, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi categórico ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá declarar inconstitucional qualquer Projeto de Lei (PL) que conceda anistia aos envolvidos no golpe de Estado fracassado em 8 de janeiro de 2023.

Motta trava o projeto de anistia bolsonarista até ouvir o STF | O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) é aliado ao líder do Centrão, deputado Arthur Lira (PP-AL)
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) é aliado ao líder do Centrão, deputado Arthur Lira (PP-AL)

A pauta retornou à discussão após uma semana de recesso informal na Casa e foi trazida à mesa por representantes da oposição. O PL em discussão perdoa não apenas os crimes já cometidos, mas também aqueles que venham a ocorrer futuramente, desde que tenham conexão com os ataques antidemocráticos que culminaram na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Além disso, a proposta assegura o restabelecimento dos direitos políticos de condenados, o que permitiria, por exemplo, que Jair Bolsonaro (PL) voltasse a concorrer a cargos públicos.

 

Benefícios

Motta, segundo quatro líderes ouvidos, reforçou que não vê utilidade em aprovar uma proposta fadada ao veto judicial. Na visão do presidente da Casa, não adianta o Congresso aprovar um texto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa sancionar e o STF declarar inconstitucional. A mensagem foi interpretada como uma sinalização de que qualquer avanço dependeria do aval prévio da Corte Suprema.

A declaração incomodou o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), que reagiu reafirmando sua recusa em construir um texto que precise do aval do STF. O líder da extrema direita também lembrou que já apresentou uma proposta alternativa e mais enxuta, mas que ainda beneficia Bolsonaro.

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