O milionário pernambucano recebeu tratamento em casa no início dos sintomas, mas precisou ser internado após uma piora, em face de outras comorbidades.
Por Redação - do Recife
Um dos mais reverenciados marchands brasileiros, morreu neste sábado o empresário industrial e colecionador de artes Ricardo Brennand, aos 92 anos, por complicações causadas pela covid-19. Às vésperas do aniversário, ele estava internado no Real Hospital Português, na capital pernambucana, desde o último domingo.
Brennand construiu um castelo para abrigar sua coleção de armas brancas
O milionário pernambucano recebeu tratamento em casa no início dos sintomas, mas precisou ser internado após uma piora, em face de outras comorbidades. Brennand sofria com problemas pulmonares. Ele deixa mulher, Graça Maria, sete filhos, netos e bisnetos. Duas missas foram celebradas ao longo do dia, na Paróquia de São Pedro, no Litoral Sul de Pernambuco, com transmissão ao vivo pela internet.
Homenagem
Ricardo Coimbra de Almeida Brennand nasceu em 27 de maio de 1927 e, desde menino, dedicava-se à coleção de objetos de arte. Já adulto, fundou o Instituto Ricardo Brennand (IRB), uma sociedade sem fins lucrativos localizada no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, e presidida pelo empresário desde 2002.
O espaço agrega a maior coleção mundial do pintor holandês Frans Post, primeiro paisagista das Américas e primeiro pintor da paisagem brasileira. Abriga ainda um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, com mais de 3 mil peças, entre elas 27 armaduras medievais completas.
O nome do instituto não é em sua homenagem, mas ao de seu tio homônimo, pai do artista plástico Francisco Brennand, de quem herdou o apreço pela arte. Formado pelo Museu Castelo São João, inspirado na arquitetura medieval européia, pela Pinacoteca e pela Galeria de Exposições Temporárias; além de contar com uma concorrida capela onde são realizados casamentos, batismos e outros serviços religiosos.