Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Moro pode decretar prisão de José Dirceu a qualquer minuto

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Terça, 21 de Novembro de 2017 às 13:19, por: CdB

Dirceu já teve a condenação na Operação Lava Jato confirmada em segunda instância. Mas tenta, ainda, reverter a sentença na esfera do TRF-IV. Em setembro, o TRF aumentou a pena para 30 anos e nove meses de prisão.

 

Por Redação - de Curitiba

 

O juiz Sérgio Moro, titular da Operação Lava Jato, poderá devolver o ex-ministro José Dirceu (PT) à cadeia nas próximas horas. Nesta manhã, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou os embargos de declaração encaminhados pela defesa do réu.

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O ex-ministro José Dirceu deixou a prisão, com o uso de tornozeleira eletrônica

Dirceu já teve a condenação na Operação Lava Jato confirmada em segunda instância. Mas tenta, ainda, reverter a sentença na esfera do TRF-IV. Em setembro, o TRF aumentou a pena que tinha sido determinada pelo juiz Sergio Moro e mandou o ex-ministro cumprir 30 anos e nove meses de prisão. O líder petista foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em maio deste ano, após ter sido detido em 2015.

O STF, por sua vez, entendeu que o cumprimento da pena do réu pode ocorrer após a decisão de segunda instância. Embora o réu aguarde a apreciação dos recursos em liberdade, em Brasília, sua prisão pode ser decretada, novamente, por Sérgio Moro. O ex-ministro pode apresentar novos embargos. Ainda que esteja preso, Dirceu poderá declarar, na apelação, que houve divergência nos votos dos juízes da corte. Estes, segundo a defesa, deveriam ser julgados antes de outra eventual ordem de prisão.

Erro

Na corte em segundo grau, a defesa de Dirceu questionava suposta violação à ampla defesa; a utilização de depoimentos de delatores e a dosimetria da pena.

Estão condenados, nesta mesma ação, o lobista Fernando Moura, o ex-sócio de Dirceu Júlio César Santos; o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo, o ex-assessor do ex-ministro Roberto Marques; o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o ex-sócio da empreiteira Engevix Gerson Almada. No caso de Duque, os juízes consideraram que houve erro e reduziram o valor da multa aplicada anteriormente.

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