No VII encontro dos países participantes da Convenção de Oslo contra a fabricação, uso e exportação de bombas de fragmentação, Moçambique anunciou, em Genebra, ter concluído a desminagem de minas e bombas de fragmentação em todo seu território.
Por Rui Martins, de Genebra:
Com quatro anos de antecedência sobre o prazo previsto, Moçambique anunciou o fim da desminagem de bombas e munições de fragmentação em todo seu território, no VII encontro dos países participantes da Convenção de Oslo, reunidos esta semana, no Palácio das Nações, em Genebra. Há dois anos, Moçambique já havia terminado a desminagem das minas antipessoais.
No total, foram destruídos 83.034 engenhos de bombas de fragmentação não explodidos, restantes de bombardeios feitos, no passado, pela Rodésia do Sul, de Ian Schmidt, pela África do Sul da época do apartheid, e mesmo pelos portugueses durante a guerra colonial.
De acordo com o embaixador Pedro Comissário, que anunciou a conclusão dos trabalhos em Genebra, a desminagem contou com o apoio internacional, principalmente da Noruega e do PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Sem esse apoio, as bombas e minas, matando e mutilando a população, constituíam um entrave ao desenvolvimento de Moçambique.
Rui Martins, correspondente em Genebra.