Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2025

Ministro do Interior peruano anuncia renúncia

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Sexta, 22 de Dezembro de 2017 às 13:18, por: CdB

O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, escapou na noite de quinta-feira de ser destituído pelo Congresso dominado pela oposição

Por Redação, com Reuters - de Lima:

O ministro do Interior do Peru, Carlos Basombrío, disse nesta sexta-feira que apresentou sua renúncia ao cargo, que foi aceita pelo presidente Pedro Pablo Kuczynski, um dia depois de Kuczynski ter conseguido evitar ser destituído pelo Congresso.

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O ministro do Interior do Peru, Carlos Basombrío

– Desejo o melhor para o meu país. Que nossos problemas enfrentem o marco da lei com pleno respeito às instituições – disse Basombrío, em sua conta no Twitter.

O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, escapou na noite de quinta-feira de ser destituído pelo Congresso dominado pela oposição; em uma vitória inesperada que poderia custar muito caro para seu governo já debilitado.

Kuczynski

O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, disse na quinta-feira, durante sua defesa aos parlamentares de um Congresso dominado pela oposição, que as tentativas de destituí-lo colocam a democracia do país em jogo.

Acusado de “incapacidade moral”, Kuczynski quer evitar se converter no primeiro presidente em exercício destituído devido aos seus vínculos com a empreiteira brasileira Odebrecht, acusada de corrupção em vários países da América Latina.    “O que está em jogo não é a vacância de um presidente. Mas a democracia, que tanto custou ao Peru recuperar, a estabilidade de um país próspero”, disse Kuczynski, de 79 anos, no Parlamento dominado pelo partido Força Popular, da ex-candidata presidencial Keiko Fujimori.

Durante a apresentação do mandatário ao Congresso surgiu a informação de que o ex-presidente preso Alberto Fujimori, pai de Keiko, solicitou sua libertação a uma comissão presidencial comandada por Kuczynski.    

O partido de Keiko tem 71 assentos no Parlamento e afirmou que apoiará a deposição do presidente juntamente com outras forças políticas. Para destituir o presidente peruano é preciso ao menos 87 votos dos 130 parlamentares do Congresso.   

Em seu discurso no Congresso unicameral, Kuczynski afirmou que sua empresa de consultoria Westfield Capital; que trabalhou em certas ocasiões com a Odebrecht, nunca firmou contrato com o Estado; e que nunca incorreu em nenhum conflito de interesses.   

– Jamais favoreci nenhuma empresa ou pessoa durante minha gestão como ministro de Energia e Minas, ministro da Economia ou primeiro-ministro. Tampouco o fiz desde que sou presidente – manteve Kuczynski, acompanhado de seus dois vice-presidentes. 

Odebrecht 

Nesta semana a Odebrecht informou ao Congresso peruano que transferiu US$ 4,8 milhões a consultorias vinculadas a Kuczynski; e a uma delas quando ele era integrante do governo do ex-presidente Alejandro Toledo.   

Se o mandatário for destituído, o primeiro vice-presidente Martín Vizcarra; um engenheiro civil que chegou a Lima na quarta-feira vindo do Canadá; onde era embaixador, deve assumir seu cargo até completar o mandato em 2021.   

– Confesso que não fui prolixo, mas não sou corrupto; peço desculpas muito sentidas com clareza na mente e dor no coração – disse Kuczynski a respeito do manejo dos documentos relacionados às consultorias nas quais colaborou ocasionalmente.   

Em uma mensagem ao país divulgada na véspera, Kuczynski advertiu; que nenhum de seus vice-presidentes aceitará ser parte de um governo que nasça “de uma manobra antidemocrática”.

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