Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Ministro diz que Brasil será justo e não 'bonzinho' com países do Mercosul

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Sexta, 19 de Janeiro de 2007 às 16:57, por: CdB

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira que o Brasil não será "bonzinho", mas "justo" nas relações com os outros países do Mercosul. Durante a Cúpula de Chefes de Estado do bloco, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva frisou que as economias mais fortes da região precisam ser generosas, ajudar as mais fracas. No entanto, alguns presidentes, como Tabaré Vasquez, criticaram o discurso de Lula.

O presidente uruguaio criticou as desigualdades nas negociações comerciais do Mercosul. Disse ainda que não quer solidariedade e generosidade, mas justiça.

Amorim explicou que, ao falar em generosidade, o Brasil pode ter provocado confusões, porém queria expressar a necessidade de uma "visão de longo prazo dos interesses mais fundamentais, acima dos interesses mesquinhos e imediatos". Ele ressaltou que a "generosidade" do Brasil não significará bondade, mas justiça.

- Ninguém quer ser bonzinho. Queremos, na realidade, ser justos. Ser justo envolve generosidade, abrir mão de interesses mesquinhos -, disse, em entrevista coletiva no Rio.

Indagado sobre as divergências entre os países do continente, que poderiam ameaçar o desenvolvimento do bloco, Amorim disse considerá-las normais.

- As divergências tornam o bloco mais fortalecido. Homogeneidade só existe nos cemitérios. Onde há vida, há diferença -, argumentou.

Ele ressaltou que a integração do bloco ocorrerá respeitando a pluralidade dos povos sul-americanos.

- Não vejo incompatibilidade nos projetos em curso, vejo diferenças -, afirmou o ministro.

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