Primeira mulher a ocupar o Ministério da Defesa equatoriano, Guadalupe Larriva morreu na noite desta quarta-feira quando o helicóptero em que viajava colidiu com um outro aparelho, que transportava sua filha adolescente, segundo autoridades e militares. Larriva, de 50 anos, estava no cargo havia apenas nove dias. O acidente ocorreu na localidade de Manta, no litoral, e matou também a filha da ministra e cinco militares que as acompanhavam nos dois helicópteros Gazelle.
O presidente Rafael Correa não deu detalhes sobre o incidente que matou sua ministra, uma ex-professora que militava num partido socialista.
- Vamos pedir a países amigos que nos ajudem na investigação do acidente. O governo, as Forças Armadas e a família dela estão vivendo um momento de grande dor, e pedimos a todos que se juntem a nós nas orações - disse o presidente recém-empossado.
Vice-presidente do Equador, Lenin Moreno, disse ter recebido um relatório militar segundo o qual se tratou realmente de um acidente. Outros ministros, vestindo luto, se reuniram na casa de Moreno, em Quito, para prantear a colega. Em 176 anos de história, poucos civis haviam comandado as Forças Armadas antes de Larriva, a quem Correa encarregou de controlar uma instituição que participou indiretamente ou ao menos permitiu a derrubada de três presidentes nos últimos dez anos.
Ela era uma das ministras mais populares de Correa, e prometera ampliar o controle presidencial sobre a hierarquia militar, aumentar os soldos e tornar o sistema de promoções mais transparente. Bombeiros norte-americanos instalados na base militar de Manta prestaram ajuda no local do acidente, segundo a Embaixada dos EUA em Quito.