"Eu não (recebi). Estava no Alvorada. Ela é passada pela administração", diz ela, embora seu advogado, Fabio Wajngarten, tenha admitido que o estojo fora manipulado por ela e exposto “por dois ou três dias na cozinha” do palácio.
Por Redação - de Brasília
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro confirmou que um estojo com joias sauditas avaliado em R$ 800 mil foi entregue no Palácio da Alvorada, onde ela morava com o marido, Jair. Ela nega, porém, que os objetos de valor tenham sido recebidos “em mãos”, como relatado por uma servidora do Palácio do Planalto em depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura o caso das joias sauditas que entraram ilegalmente no Brasil durante o governo Bolsonaro (PL).

— Essas joias que chegaram no Alvorada foram as joias masculinas (do segundo pacote). Estão associando ao primeiro caso, quando eu falei que não sabia (do primeiro pacote, com joias femininas) e não sei mesmo. Tanto que as primeiras estão apreendidas na Receita e essas do Alvorada estão na Caixa Econômica Federal (devolvidas no mês passado pela defesa de Jair Bolsonaro após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) — disse a jornalistas, na noite passada, ao deixar uma reunião no gabinete da Liderança do PL na Câmara.
Na cozinha
Ainda segundo Michelle, "tudo foi feito pelo trâmite administrativo" e que as joias não são dela.
— O que eu tenho a ver com isso? Foi tudo feito pelo trâmite administrativo. Trata-se de um lote da cor 'ouro rosé', um lote masculino. Um terço, um relógio, abotoaduras, uma caneta — esquivou-se.
Ao ser questionada se havia recebido o estojo “em mãos”, ela negou que isso tenha acontecido.
— Eu não (recebi). Estava no Alvorada. Ela é passada pela administração — diz ela, embora seu advogado, Fabio Wajngarten, tenha admitido que o estojo fora manipulado por ela e exposto “por dois ou três dias na cozinha” do palácio.