Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Merkel assume presidência da Europa sob pressões e expectativas

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Quarta, 17 de Janeiro de 2007 às 11:14, por: CdB

Chanceler alemã, Angela Merkel alertou, nesta quarta-feira, que a União Européia (UE) corre o risco de cometer um "fracasso histórico" se não reavivar planos para a aprovação de uma Constituição européia. Ao apresentar os planos da Alemanha para a presidência rotativa da União Européia no Parlamento europeu, em Estrasburgo, ela disse que a criação de um novo documento para ser aprovado antes das eleições parlamentares européias em 2009 será prioridade de sua gestão.

Merkel disse que a UE era uma história de sucesso, por incorporar valores europeus como "liberdade, variedade e tolerância". A liderança da Alemanha vinha sendo bastante aguardada, e, segundo analistas, os parlamentares europeus esperam que ela possa dar um impulso na União Européia.

"Tendo sucesso juntos" é o slogan de Merkel para o mandato de seis meses à frente da UE.

Peso-pesado

A Alemanha é um dos pesos-pesados da Europa e as expectativas são grandes. Berlim apresentou um programa ambicioso, promovendo avanços nas áreas de segurança de energia e mudanças climáticas, nos acordos globais de livre comércios, uma nova parceria com a Rússia e maiores esforços para a paz no Oriente Médio. Merkel, em contraste com a posição adotada pelo governo anterior da Alemanha, disse aos parlamentares europeus que uma cooperação mais estreita com os Estados Unidos "atende aos mais elevados interesses da Europa".

A chanceler alemã disse que a Europa precisa "acelerar o processo de paz" no Oriente Médio, precisa estar unida em sua posição sobre o programa nuclear do Irã, e precisa trabalhar para a estabilização do Afeganistão. Ela também disse que "vale a pena e é inteligente investir na África, não apenas economicamente, mas politicamente", e prometeu preparar o terreno para uma reunião de cúpula UE-África.

Esta busca por maior coerência na política externa da UE, disse ela, exige que a UE tenha seu próprio ministro do Exterior. A proposta para um ministro do Exterior é parte do esboço de Constituição da UE, rejeitada pelos eleitores da França e Holanda há 18 meses. A Constituição também teria o objetivo de agilizar a resolução de questões trabalhistas e de tomada de decisões. Merkel disse que a Constituição seria "o texto legal que será o fundamento em que a Europa construirá novas regras e regulamentos", e que a Europa precisa de "regras e regulamentos claros".

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