Titular na pasta da Fazenda, o ex-CEO do grupo JBS diz que não pretende ser candidato a presidente.
Por Redação, com Reuters - de Brasília
Titular na pasta da Fazenda, o economista Henrique Meirelles voltou atrás na intenção de concorrer ao Palácio do Planalto, se houver eleições no ano que vem. Meirelles afirmou, nesta sexta-feira, que não é pré-candidato. E acrescentou que tomará decisões na hora certa. No momento, diz ele, a atenção está voltada para bom trabalho à frente do Ministério.
— Evidentemente, tenho consciência de que existe espaço importante na política brasileira. (Principalmente) para quem defende as reformas; a modernização da economia. Eu tenho bastante consciência de que muitas pessoas tenham uma certa expectativa de um candidato que defenda esta linha de atuação. E que, ao mesmo tempo, tenha experiência. Mas, no momento, como eu disse, eu não estou pensando nesse assunto. Eu estou focado na economia — disse Meirelles, em entrevista a uma rádio de Porto Alegre.
As declarações foram dados após admitir, em entrevista a uma revista semanal de ultradireita publicada na véspera; que seu nome é cotado para ser candidato à Presidência da República em 2018. Garante, porém, que somente tomará uma decisão a respeito no ano que vem.
Bastidores
Meirelles voltou a repetir o discurso nesta sexta-feira ao lembrar que aqueles que ocupam cargo no Executivo têm até 31 de março para definição legal de qualquer investida eleitoral. O ex-CEO do grupo JBS também afastou, novamente, a possibilidade de uma candidatura à Vice-presidência. Destacou que “evidentemente isso não se coloca” e que não será candidato ao cargo “em nenhuma hipótese”.
Na segunda-feira, o ministro havia dito que seria “até interessante” o cargo de vice-presidente da República. Pouco mais tarde, contudo, justificou que sua afirmação havia sido uma “mera brincadeira”.
Meirelles, filiado ao PSD, tem se articulado nos bastidores para concorrer às eleições presidenciais do próximo ano, contando inclusive com uma equipe própria voltada a esse objetivo, de olho na melhora de sua estratégia de comunicação em meio à recuperação da economia.
Crescimento
Nesta sexta-feira, o ministro reconheceu que a sensação de melhora ainda não é generalizada na economia e atribuiu essa percepção ao fato de o país ter enfrentado a maior recessão de sua história.
— Nossa expectativa com o crescimento do emprego, com o crescimento da economia, com o crescimento gradual da renda ... é que nós teremos essa sensação começando a predominar nos próximos meses — pontuou.
Sobre a reforma da Previdência, ressaltou que o governo defende a proposta aprovada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados, mas afirmou que o Congresso Nacional é soberano na análise da questão.