A Petrobras acolhe a decisão, considerando-a como um sinal verde para executar um teste de seu plano de emergência ambiental, que chamou de última etapa antes de uma decisão final de licenciamento.
Por Redação, com ABr – de Brasília
A proposta de uma unidade de conservação marítima no Amapá não incide sobre as áreas onde a Petrobras pretende explorar petróleo em águas profundas na região conhecida como Margem Equatorial, afirmou nesta terça-feira a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde a ministra Marina foi ofendida por parlamentares do ‘Centrão’, também assegurou que a proposta é antiga e não foi “inventada” para inviabilizar a exploração de petróleo na região, que é próxima da foz do rio Amazonas.

— Não incide sobre os blocos de petróleo e não foi inventado agora para inviabilizar a Margem Equatorial. Isso é um processo que vem desde 2005 — afirmou a ministra ao colegiado, que a convidou para prestar esclarecimentos sobre a proposta de criação da unidade de conservação.
Solicitações
Na semana passada, o Ibama tomou uma decisão que permite que a Petrobras dê mais um passo em direção à perfuração de petróleo na Margem Equatorial, mas documentos vistos pela agência inglesa de notícias Reuters mostram que o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, advertiu em sua decisão contra a “multiplicação desordenada de futuras solicitações de licenças ambientais” na bacia da foz do Amazonas.
A Petrobras acolhe a decisão, considerando-a como um sinal verde para executar um teste de seu plano de emergência ambiental, que chamou de última etapa antes de uma decisão final de licenciamento.
A liberação para exploração de petróleo no litoral do Amapá tem sido uma questão política sensível para Marina dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).