O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o Banco Central tem autonomia e motivos para mexer na taxa básica de juros como quiser. Mas reconheceu que gostaria de um redução maior - na quarta, a Selic caiu 0,25 ponto percentual, chegando a 13%.
- Claro que o presidente (do Banco Central, Henrique Meirelles) sabe que eu, e mesmo o presidente Lula, gostaríamos que caísse um pouco mais, só que ele tem que cumprir a meta (de inflação) -, declarou Mantega ao chegar a Davos (Suíça) para o Fórum Econômico Mundial.
A respeito da divisão do Comitê Política Monetária (Copom), que aprovou a decisão por 5 votos a 3, o ministro disse que haver opiniões divergentes é normal.
- Certamente fizeram uma discussão profunda. Quem propôs 0,25% teve argumentos sólidos. Imagino que é uma estratégia para prolongar a redução das taxas ao longo do tempo. Mas é apenas uma dedução -, disse.
Questionado se não discutiu o assunto com o Banco Central, para estar deduzindo a explicação e não saber concretamente o motivo, ele respondeu que sim, mas frisou que "a decisão não é do ministro da Fazenda".
- O Copom tem autonomia e assim é melhor, mas nós discutimos cenários -, afirmou.
Na reunião anterior, em novembro, o Copom havia decidido reduzir a Selic em meio ponto percentual (13,75% para 13,25%), por cinco votos a três. Dessa vez, o placar foi inverso.
A próxima reunião está marcada para os dias 6 e 7 de março.
Mantega diz que ele e Lula gostariam de queda maior nos juros
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Quinta, 25 de Janeiro de 2007 às 15:52, por: CdB