Ministro da Fazenda, Guido Mantega viajou para São Paulo, nesta quarta-feira, "sem agenda", de acordo com sua assessoria, e só voltará ao ministério no próximo dia 17. Nesse período, o secretário-executivo, Bernard Appy, responde interinamente pelo cargo e descarta, pelo menos momentaneamente, as especulações de que estaria demissionário.
O comunicado do afastamento de Mantega - "por razões de ordem pessoal", como informou a assessoria de imprensa - foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, e coincide com as anunciadas férias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seguida à posse para o segundo mandato. Pela primeira vez na história se tem notícia de que o mandatário de um país tire férias imediatamente à posse, e o mercado financeiro viu nisso sinais evidentes de que não haverá mudanças nos três pilares básicos de sustentação da política econômica: câmbio flutuante, superávit primário das contas públicas em 4,25% e sistema de metas para a inflação.
A calmaria do início de segundo mandato, sem anúncio de pacotes ou mudanças nos ministérios, fez com que o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) aumentasse 2,04%, nesta terça, alcançando o recorde de 45.382 pontos. Também tiram folga os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Casa Civil, Dilma Roussef, a partir da próxima segunda-feira. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, já está de férias, com volta programada para o próximo dia 8.