Trabalhadores de diversos Estados se mobilizam nesta sexta-feira contra a "reforma" trabalhista, que entra em vigor no dia seguinte, e contra a PEC da Previdência
Por Redação, com RBA - de São Paulo:
Unidas, oito centrais sindicais convocaram os trabalhadores para manifestações por todo o país, nesta sexta-feira, contra a "reforma" trabalhista do governo Temer e contra a reforma da Previdência (PEC 287), entre outros projetos que ameaçam direitos. Os protestos ocorrerão na véspera da entrada em vigor das novas regras para o mercado de trabalho (Lei 13.467).
Em São Paulo, as atividades do Dia Nacional de Mobilização estão previstas para as 9h30, na Praça da Sé, no centro da capital. O secretário-geral da CUT-SP, João Cayres; alerta que a nova legislação trabalhista não vai estimular a criação de postos de trabalho e ainda vai precarizar os existentes.
– É um ato que a gente está organizando com todas as centrais sindicais; independentemente dos vieses ideológico, porque todas estão contra essa reforma; que estamos chamando de contrarreforma ou de deforma trabalhista; porque, na verdade, ela veio para tirar direitos da classe trabalhadora – afirmou Cayres à repórter Vanessa Nakasato, para o Seu Jornal, da TVT.
À tarde, servidores públicos seguem até o Palácio dos Bandeirantes; sede do governo estadual paulista, para protestar contra projeto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que pretende congelar investimentos e salários por dois anos; inspirado na Emenda Constitucional 95, que congela o orçamento de áreas estratégicas, como saúde e educação, por 20 anos.
Para o presidente da CTB, Adílson Araújo, as mobilizações do dia 10 sugerem a "retomada" de um processo de lutas contra a ofensiva neoliberal do governo Temer; com a venda de empresas estatais eativos públicos; e que ainda insiste em propor mudanças nas aposentadorias.
TST
Ambos também criticaram declarações do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho; que disse ser preciso flexibilizar direitos sociais para haver emprego. Adilson diz que o ministro "vive em outro planeta". Cayres sugeriu que Gandra trabalhe pelo menos uma semana numa fábrica, para então dizer se é possível sobreviver com menos direitos.
Em vídeo, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, destaca a unidade de todas as centrais e movimentos sociais nas ações desta sexta-feira; e afirma que o movimento é necessário porque o governo Temer "está acabando com todas as possibilidades de o Brasil dar certo".
Confira a programação:
São Paulo
9h30 – Concentração na Praça da Sé
10h30 – Caminhada até a Avenida Paulista
14h – Ato dos servidores no Palácio dos Bandeirantes
Rio de Janeiro
16h – Concentração na Candelária e caminhada até a Cinelândia
Belo Horizonte
9h – Ato na Praça da Estação
Porto Alegre
10h às 14h – plenária no auditório da Igreja da Pompeia
16h – Abraço à Justiça do Trabalho, na Avenida Praia de Belas
18h – Ato das centrais na Esquina Democrática
Brasília
9h – "Fora Temer e suas medidas", com concentração no Espaço do Servidor e caminhada até Esplanada dos Ministérios
Salvador
11h - Caminhada do Campo Grande até a Praça Municipal
13h - Manifestação na porta da Previdência Social no Comércio
Fortaleza
9h – Ato na Praça da Bandeira
João Pessoa
14h – Ato no Lyceu Paraibano
Teresina
8h – Ato na Praça Rio Branco, com caminhada pelas ruas do centro
Natal
14h – Ato na Praça Gentil Ferreira, Bairro Alecrim, com caminhada até a Cidade Alta
Belém
8h30 – Ato em frente ao TRT, na Praça Brasil, com caminhada até o Ver-O-Peso
Palmas
9h – Ato em frente à Caixa Econômica Federal, Quadra 105 Sul