Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Mandatário recua após ler desabafo de militar sobre Anvisa

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Terça, 11 de Janeiro de 2022 às 17:09, por: CdB

A declaração de Bolsonaro acontece dois dias depois de Barra Torres divulgar uma nota, cobrando que o presidente da República se retratasse por atacar a Anvisa. Mesmo após negar que acusasse a Agência, Bolsonaro voltou a fazer insinuações; além de ter criticado a possível liberação da vacina CoronaVac para crianças, em avaliação na autarquia.

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta terça-feira, que tenha acusado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de corrupção, embora tenha levantado essa hipótese em questionamento feito durante uma transmissão ao vivo, na última quinta-feira. Segundo Bolsonaro, a carta do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi agressiva e não tinha motivo para tal. Ao mesmo tempo, o presidente manteve a posição de criticar a vacinação de crianças.
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Antonio Barra Torres desafia presidente a apresentar provas ou se desculpar publicamente
— Me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva. Não tinha motivo para aquilo. Eu falei: 'o que está por trás do que a Anvisa vem fazendo?'. Ninguém acusou ninguém de corrupto. O que que está por trás? Quais segundas intenções, quais outras intenções da Anvisa? Não houve da minha parte nenhuma acusação, a palavra corrupção não saiu nenhum momento. E ele (Barra Torres) resolveu fazer uma nota bastante agressiva — desdisse Bolsonaro, em entrevista a uma rádio paulistana.

Críticas

A declaração de Bolsonaro acontece dois dias depois de Barra Torres divulgar uma nota, cobrando que o presidente da República se retratasse por atacar a Anvisa. Mesmo após negar que acusasse a Agência, Bolsonaro voltou a fazer insinuações; além de ter criticado a possível liberação da vacina CoronaVac para crianças, em avaliação na autarquia. — Eu não quero dizer aqui, acusar a Anvisa de absolutamente nada, agora que tem uma coisa acontecendo, isso não há a menor dúvida que vem acontecendo. Pode ver, pelo que estou sabendo agora, não é segredo pra ninguém, Anvisa vai deliberar sobre a CoronaVac para crianças a partir de 3 anos de idade, eu não sei o que acontecerá no final, mas Anvisa vai tomar sua posição. E, de uma forma ou de outra, vai sofrer críticas também — continuou. A Anvisa aprovou o uso da vacina pediátrica da Pfizer em 16 de dezembro. A resistência dentro do governo federal foi grande, levando a uma demora para a aquisição dos imunizantes. As primeiras doses devem chegar ainda esta semana e, em janeiro, o Brasil vai receber 4,3 milhões de doses. No total, o país adquiriu 20 milhões de doses da Pfizer, metade do contingente necessário para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos.
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