Bolsonaro é uma ameaça. Ele é um ignorante que tem poderes e, devido à sua origem, pode causar enormes prejuízos, na economia e na sociedade. Essa ignorância, que trouxe à tona o exército de imbecis que hoje assombra a vida republicana, tornou-se uma prática política e, ela veio para ficar.
Por Wellington Duarte– de Brasília
Até o dia 2 de outubro, dia das eleições gerais que ocorrerão nesse país, assistiremos, dia após dia, as aparições patéticas de Bolsonaro, que certamente pode levar ao epíteto de “Bufão Fascista”, dado que ele não se cansa de dar demonstração da sua intenção em ser o “mestre do chafurdo”.Crime de traição
É fato que as instituições republicanas estão em frangalhos e isso possibilita o presidente da república cometer um crime de traição nacional às claras e a reação já mostra que o urro de Bolsonaro será respondido com firmeza. Na terça-feira os partidos de oposição entraram com ação, uma notícia-crime contra o Mandrião e a “palhaçada fascista” vai ser confrontada. Bolsonaro é uma ameaça. Ele é um ignorante que tem poderes e, devido à sua origem, pode causar enormes prejuízos, na economia e na sociedade. Essa ignorância, que trouxe à tona o exército de imbecis que hoje assombra a vida republicana, tornou-se uma prática política e, ela veio para ficar. Mas sua “ignorância militante” tem as costas largas, por isso esse elemento tem assustado o país. Parte da elite, da imprensa corporativa, de segmentos da classe média, de pastores evangélicos fascistas, de membros das forças armadas e das polícias militares, deputados e senadores que se venderam alegremente ao “orçamento secreto”, dão essa sustentação. Mas essa sustentação será capaz de endossar um golpe, o desejo mais explícito do Mandrião? É preciso insistir num grande pacto eleitoral, que une de conservadores a comunistas, para brecar esse processo golpista, em curso, e esse pacto eleitoral exige que as forças em movimento, principalmente as da candidatura Lula, consolidem essa grande frente. Tudo em nome da democracia.Wellington Duarte, é professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Gande do Norte - UFRN, doutor em Ciência Política e presidente do Sindicato dos Professores da UFRN (ADURN-sindicato).
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