Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), não importa se o líder petista for preso. Ainda assim, será votado. E com chances de vencer em primeiro turno.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) não importa se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver preso, durante as eleições de outubro deste ano. Ainda assim, Lula será candidato à presidência da República.
— Se prenderem Lula, ele vai ser candidato preso. Lula vai ser candidato de todo jeito. Mesmo preso. Se prenderem o Lula, aí, meu amigo, é vitória no primeiro turno. Vai haver uma comoção neste país — disse Farias, em entrevista a um dos diários conservadores paulistanos, neste domingo.
Lindbergh Farias também afirmou que o país vive “um golpe continuado contra a democracia”. Ele prega uma rebelião cidadã.
— Somos vítimas de um golpe. Após a ditadura, foi estabelecido na Constituição um pacto pela redemocratização: voto soberano, eleição livre e democrática. Começaram a romper esse pacto com o afastamento da Dilma. Agora, querem nos tirar para fora do jogo. Querem impedir a candidatura do Lula, sem prova. Só tem uma arma possível neste momento: apostar tudo nas mobilizações de rua — afirma.
Injustiça
Segundo o senador petista, o Judiciário faz parte do golpe.
— Os advogados têm que fazer o trabalho deles. Não tenho ilusão. O sistema judicial que está aí faz parte do golpe. Estão fechando os caminhos institucionais. As pessoas têm ilusões; achando que, no momento que querem nos matar, a gente tem que fazer unidade. Temos que nos preparar para enfrentar o inimigo. Tem que ter uma rebelião cidadã. O PT e a esquerda têm que se reorganizar. Não é ficar apostando na via institucional. Sem povo nas ruas, a gente não derrota esse golpe — afirmou.
O líder petista pontuou, ainda, que Lula tem como tocar a campanha até bem perto da eleição.
— Estou com a regra eleitoral na minha mão. Sabe quando o TSE pode impugnar o Lula? Dia 12 de setembro, se não atrasar um dia. Até lá é campanha na TV, programa eleitoral. Na hipótese de prisão, vamos fazer por ele. Tem programa dele, gravações. Vai aparecer o povo falando. Vamos fazer um escarcéu. Vamos dizer que a prisão é uma injustiça que só o povo pode corrigir — concluiu.