Na abertura do encontro, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Al Thani, defendeu sanções contra o governo de Benjamin Netanyahu.
Por Redação, com ANSA – de Doha
A Liga de Estados Árabes definiu por unanimidade “total apoio” político e diplomático ao Qatar após o ataque de Israel contra uma sede do Hamas em seu território na semana passada. A declaração foi dada nesta segunda-feira durante uma cúpula em Doha.

“A unidade árabe-islâmica deve ser fortalecida nas organizações internacionais”, diz um dos pontos do documento que está sendo redigido pelos líderes locais, de acordo com a Al Jazeera.
Na abertura do encontro, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Al Thani, defendeu sanções contra o governo de Benjamin Netanyahu.
– A comunidade internacional deve parar de aplicar ‘dois pesos e duas medidas’ [contra Netanyahu] e punir Israel por todos os crimes que cometeu – declarou Al Thani.
Já o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sugeriu como penalidade a Israel o “isolamento econômico”.
– No setor econômico, Israel deveria ser deixado de lado – disse Erdogan, reforçando que “como Turquia, interrompemos todas as transações com os israelenses no último um ano e meio”, depois de Ancara também ter anunciado nas últimas semanas que fechou seu espaço aéreo e seus portos a Tel Aviv.
– O verdadeiro objetivo do governo Netanyahu é continuar o massacre e o genocídio na Palestina e, sem qualquer discriminação, levar toda a região à instabilidade – acrescentou Erdogan.
Iraque
O Iraque, por sua vez, afirmou que os membros da Liga deveriam criar um acordo semelhante ao da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entre Estados Unidos e países europeus.
– Um ataque inimigo é equivalente a uma agressão contra todos nós. Precisamos de uma resposta de segurança coletiva, no estilo da Otan – falou o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed al-Sudani, citado pela Al Jazeera, ao comentar o atentado israelense contra um prédio em Doha no último 9 de setembro a fim de “eliminar integrantes do Hamas”.
Segundo nota do grupo fundamentalista emitida na semana passada, o ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) não matou nenhum de seus líderes, mas sim “o filho de seu negociador-chefe, Khalil al-Hayya; o chefe de gabinete do líder local, três seguranças e um policial”, tendo ferido ainda a esposa e a nora de Al-Hayya.