Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2025

Líderes de milícias na Somália aceitam entregar armas

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Sexta, 12 de Janeiro de 2007 às 16:32, por: CdB

Líderes de milícias que atuam na Somália há 16 anos concordaram nesta sexta-feira em entregar as suas armas ao governo e se integrar ao Exército nacional, segundo informações oficiais.

- Os líderes de milícia e o governo concordaram em colaborar pela restauração da paz na Somália -, afirmou o porta-voz do governo, Abdirahman Dinari.

Nem todos os líderes de milícia, porém, confirmaram o acordo, negociado durante um encontro com o presidente somali, Abdullahi Yusuf. Enquanto a reunião se desenrolava, homens leais a um dos líderes que aceitaram o acordo travaram violentos confrontos com forças do governo, em um sinal de que, mesmo que a rendição de parte dos líderes se sustente, o governo da Somália deverá ter dificuldades em restabelecer a ordem no país.

Pelo menos cinco combatentes foram mortos no choque, segundo um militante. Estima-se que existam cerca de 20 mil combatentes de milícia na Somália, e uma grande quantidade de armas circula pelo país.

Os sete líderes de milícias que teriam aceitado o desarmamento chegaram a formar uma aliança apoiada pelos Estados Unidos no ano passado, mas foram expulsos de Mogadíscio por militantes da União de Cortes Islâmicas (UCI).

A UCI, por sua vez, foi forçada a deixar a capital no mês passado por uma ofensiva do governo somali com o apoio do Exército etíope, mas nos seis meses em que controlou Mogadíscio retirou a maior parte das milícias das ruas, o que teria representado uma melhora na segurança para muitos habitantes.

Depois da expulsão do grupo, os líderes de milícias voltaram a Mogadísicio, assim como o presidente interino. A batalha desta sexta-feira, em que foram usados revólveres e uma granada-foguete, teria sido causada por uma discussão sobre onde estacionar um veículo militar.

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