As mudanças que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pretende fazer na Constituição serão submetidas a um referendo popular, mas não a uma Assembléia Constituinte - como quer a oposição, disse nesta sexta-feira a presidente da Assembléia Nacional do país, Cilia Flores.
- Todos (os artigos) estão sendo revisados, um por um; concluímos que podem ser revistos e melhorados, mas a última palavra e a aprovação final estão com o povo por meio de referendo -, afirmou Flores, partidária de Chávez, de acordo com a imprensa local.
- A Assembléia Nacional Constituinte tem outro objetivo, e é o de fazer uma nova Constituição, e nem o presidente da República nem a Assembléia Nacional estão tentando fazer outra Carta Magna -, disse Flores.
A parlamentar argumentou que o artigo 342 da Constituição prevê que mudanças possam ser feitas em artigos específicos da Carta.
Segundo ela, nenhum setor da sociedade deve temer a reforma já que o governo estaria disposto a "incorporar" a oposição num debate "construtivo".
- Chamo-os a apresentar suas observações, que a comissão (presidencial) escutará com todo o respeito -, disse.
Pra Flores, os que querem uma Assembléia Constituinte são os mesmos que boicotaram as eleições parlamentares de dezembro de 2005 e, por isso, "ficaram sem voz" no Legislativo.
Desde o boicote, o Congresso venezuelano está nas mãos de partidários de Chávez.
Líder do Congresso quer referendo na Venezuela
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Sexta, 02 de Fevereiro de 2007 às 17:45, por: CdB