Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2025

Leme firme

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Quarta, 06 de Setembro de 2017 às 06:20, por: CdB

O sindicato dos professores da rede privada de São Paulo (Sinpro) e a federação estadual perguntaram a uma amostra de filiados durante o ano de 2017 por que haviam se associado. A resposta mais abrangente foi a de que procuravam proteção

Por João Guilherme Vargas Netto - de São Paulo:

À pergunta sobre o porquê da desfiliação (em outra amostra) os entrevistados responderam com as dificuldades financeiras para o pagamento das contribuições.

A rede sindical dos professores de São Paulo, que brilhou no primeiro semestre nas lutas dos trabalhadores contra as deformas, colheu na pesquisa o resultado de seus esforços. Está bem na fita.

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Se alguns no movimento sindical dão a impressão de estarem embarcados no Titanic

A pesquisa servirá para orientar os esforços das entidades em manter os associados, reconquistar aqueles que se desfiliaram e ampliar o quadro associativo.

Há um posicionamento firme de resistência contra as deformas trabalhista; e previdenciária e contra as tentativas do patronato de fazer predominar a famigerada lei (antes mesmo de sua vigência) sobre as convenções negociadas; o que desmascara a hipocrisia patronal do negociado prevalecendo sobre o legislado.

As diretorias, unidas e atuantes, têm realizado inúmeras reuniões que aumentam a compreensão entre os professores das agressões; que podem sofrer e das maneiras de resistir a elas, com os sindicatos e a federação.

Funcionários

No Sinpro o presidente reuniu-se com todo o corpo de funcionários; essenciais aos serviços prestados pelo sindicato, para garantir-lhes a manutenção do emprego e a valorização de seu empenho. O sindicato rejeita a ideia e a prática do desmanche da ação sindical.

Em cada fim de ano, com a sazonalidade específica dos vínculos de emprego da categoria e o acúmulo de homologações; o Sinpro realizava também um forte trabalho de sindicalização.

Este ano, com a vigência da famigerada lei e a suspensão das homologações no sindicato, mesmo assim a diretoria pretende realizar “homologações virtuais”, orientando os professores, apoiando-os em sua resistência à quebra de direitos ou ao não pagamento correto das verbas rescisórias devidas. O Sinpro estará junto com os professores, lhes dará proteção contra os esbulhos.

É um trabalho elogiável. Se alguns no movimento sindical dão a impressão de estarem embarcados no Titanic, o Sinpro e a federação dos professores paulistas navegam nos mares revoltos com leme firme.

 

João Guilherme Vargas Netto, é consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo.

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